O nosso processo
educativo percorre um longo caminho que vai da casa paterna, passa por várias escolas
e que depois se confronta com o mundo.
Neste caminho os jovens adquirem saberes e valores, aprendem a cultivar a verdade, a praticar a humildade e a assumir a responsabilidade, mas também a relacionar-se com os outros através da solidariedade e da amizade. Muitos desses jovens, quando entram na vida profissional são conduzidos para circunstâncias muito especiais de direcção ou de comando de outros homens, em que a tomada de decisão é muitas vezes um processo solitário, em que se acerta ou se erra, mas em que a responsabilidade é assumida por inteiro. É essa atitude que assegura a autoridade, a efectiva liderança e, consequentemente, a boa gestão.
Neste caminho os jovens adquirem saberes e valores, aprendem a cultivar a verdade, a praticar a humildade e a assumir a responsabilidade, mas também a relacionar-se com os outros através da solidariedade e da amizade. Muitos desses jovens, quando entram na vida profissional são conduzidos para circunstâncias muito especiais de direcção ou de comando de outros homens, em que a tomada de decisão é muitas vezes um processo solitário, em que se acerta ou se erra, mas em que a responsabilidade é assumida por inteiro. É essa atitude que assegura a autoridade, a efectiva liderança e, consequentemente, a boa gestão.
Toda essa vivência
faz com que assista estupefacto ao triste espectáculo que nos é oferecido por
alguns governantes que, em vez de nos darem bons exemplos, se comportam como
verdadeiros passa culpas, sem qualquer sentido de responsabilidade.
Tudo começou com
o nosso primeiro Passos que depois de ter dito que tinha estudado tudo e que
não haveria aumento de impostos, tratou de ignorar as suas promessas e veio
dizer que a culpa era do governo
anterior. Depois foi mais longe do que a
troika e, uma vez mais, por culpa
do governo anterior. Não tinha pago à Segurança Social, não sabia que tinha de
pagar e não foi notificado, mas a culpa
foi dos funcionários. O ministro Mota veio em auxílio do seu chefe a confirmar
que a culpa foi dos funcionários.
Antes, a ministra
Albuquerque não tinha cumprido o défice em 2014 e tratou de atirar a culpa para o Tribunal Constitucional,
enquanto a ministra Cruz informou que o desastre do arranque do Citius foi culpa de dois funcionários que terão
feito sabotagem informática. O secretário Núncio, aquele que o comentador
Marcelo veio dizer que em autoridade política valia zero, negou a existência de
uma lista de contribuintes VIP que, se existisse, só podia ser por culpa dos funcionários.
Aqui estão alguns
casos que justificam a designação de governantes passa culpas. Na realidade,
estes casos mostram como esta gente sacode a água do capote e não é capaz de
assumir responsabilidades. A culpa é sempre dos outros. Nestas circunstâncias,
Jorge Coelho e Miguel Macedo são dois exemplos recentes e raros de pessoas que
sabem assumir responsabilidades.