A
saída do Reino Unido da União Europeia verificou-se no dia 31 de Janeiro de
2020 e, nessa altura, a população ficou dividida entre aqueles que apoiaram
essa saída e os que lutaram até ao fim para que o país se mantivesse na União
Europeia. Porém, nesse mesmo dia 31 de Janeiro, foi detectado o primeiro caso
de covid-19 no Reino
Unido e, esses dois acontecimentos – o brexit e o covid-19 – vieram
transtornar um país politicamente dividido e que era governado pelo excêntrico
e despenteado Boris Johnson. Talvez por descuido das autoridades, o
Reino Unido tornou-se num dos países do mundo mais afectados pelo covid-19 e,
até agora, estão registados mais de 40 mil óbitos. As consequências económicas
também foram devastadoras e, pela primeira vez na última década, o Reino Unido
entrou em recessão que corresponde à maior contração da actividade económica da
história britânica, com uma queda de 20,4% do PIB no 2º semestre do ano, o que
foi considerado “um desastre e um pesadelo” pelo próprio Boris Johnson. Quando da
saída do Reino Unido da União Europeia, ficou por concluir um acordo comercial
anexo ao acordo geral de saída, que deveria regular as relações entre ambas as
partes e pudesse assegurar a continuação de boas relações comerciais. O assunto
tornou-se muito conflitual, até porque o Reino Unido tem vindo a aprovar
legislação que viola os acordos de saída. Por outro lado, as relações de Boris
Johnson e do seu governo com a Escócia e com a Irlanda do Norte continuam tão
tensas como antes e os cenários independentistas continuam activos. Daí que o
jornal The Scotsman, que
defende a independência escocesa, critique o governo britânico e fale num Dis-United
Kingdom.
quinta-feira, 17 de setembro de 2020
Boris Johnson e o Dis-United Kingdom
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