sexta-feira, 26 de outubro de 2018

O continente americano está ameaçado

O mundo anda muito nervoso e quando esse nervosismo chega aos Estados Unidos, todos ficamos preocupados, como mostra o recente envio de explosivos para diversas personalidades da vida política americana por via postal. A capa do New York Post ilustra bem esse nervosismo.
Os Estados Unidos não são apenas o país mais rico do mundo e o país onde as questões de segurança são tidas como a prioridade primeira das autoridades, mas são também uma referência de estabilidade para meio mundo. Por isso, quando o terrorismo entra no mais poderoso país do mundo, seja nos ataques às Torres Gémeas, seja no envio de explosivos por via postal, a sociedade destabiliza-se e os cidadãos preocupam-se. Evidentemente que quem semeia ventos colhe tempestades e, por isso, o discurso agressivo e provocador do Donald tem criado o ambiente onde o terrorismo e o espírito de vingança têm condições para aparecer e prosperar.
Se a este ataque que foi dirigido a personalidades do Partido Democrático americano e que está a deixar os Estados Unidos nervosos, juntarmos a grave situação política que se antevê para o Brasil qualquer que seja o resultado das próximas eleições, mais a agitação social que já está nas ruas da Argentina, mais a gravíssima crise nacional na Venezuela e as revoluções sociais em marcha na Nicarágua e nas Honduras, então parece termos todo o continente americano muito agitado.
A presidência dos Estados Unidos deveria ter um papel pacificador no continente e com muita atenção aos ventos de mudança, o que implica muito diálogo e muita capacidade de conciliação, mas também muito apoio aos países do Centro e do Sul do continente. Não é com a gritaria do Donald, nem com muros na fronteira que se resolvem os problemas de um continente que está sob a "ameaça" dos pobres e dos injustiçados.