A edição de hoje
do jornal The Independent dedica a sua primeira página à grave situação
que se vive no Médio Oriente, onde a tensão tem aumentado devido às sucessivas
provocações do governo israelita aos países seus vizinhos, de que se destaca o bombardeamento do
consulado iraniano em Damasco. O jornal noticia que Joe Biden avisou Benjamin
Netanyahu para se moderar e que reclamou um imediato cessar-fogo em Gaza, mas
destaca sobretudo que o mundo assiste horrorizado à conduta imprudente de Israel
que acusa de “atacar sistematicamente” os trabalhadores humanitários. Várias
linhas vermelhas têm sido ultrapassadas, mas parece que ninguém, especialmente
os Estados Unidos e a União Europeia, tratam de reagir, condenar e de aplicar
sanções ajustadas perante o comportamento israelita. Daí que o jornal “junte a
sua voz a 600 especialistas, deputados e chefes militares que exigem que se
pare imediatamente de vender armas a Israel”.
Hoje, também o Conselho
de Direitos Humanos das Nações Unidas que tem 47 membros, aprovou uma resolução
em que mostrou “grande preocupação” pelas atitudes das autoridades israelitas
de incitamento ao genocídio, através da “prática da fome de civis como método
de guerra” e exigiu a suspensão da venda e transferência de armas para Israel.
A resolução foi adoptada com 28 votos a favor, seis votos contra (Estados
Unidos, Alemanha, Argentina, Paraguai, Bulgária e Malawi) e 13 abstenções,
entre as quais a França, a Índia, o Japão e os Países Baixos.
Actualmente os
países que vendem armamento a Israel são os Estados Unidos, a Alemanha, a França,
o Reino Unido e a Austrália, o que explica tanta condescendência ou tanto colaboracionismo para com
Israel.