domingo, 22 de fevereiro de 2015

A América sofre com onda de frio polar

A costa leste dos Estados Unidos e, em especial, as regiões do nordeste, tem estado sob o efeito de uma onda de frio polar sem precedentes nos registos históricos existentes e a agenda mediática tem assinalado esse facto. Muitos dos jornais publicados, um pouco por todo o país, têm ilustrado as suas edições com expressivas fotografias do gelo e da neve, sobretudo nas cataratas do Niagara e no porto de Nova York, mas também em outros locais. Os efeitos daquela frente fria têm sido arrasadores e têm afectado muitos milhões de pessoas, tendo sido registadas cerca de três dezenas de mortes, sobretudo por hipotermia. Embora não seja uma situação invulgar naquelas latitudes americanas, o facto é que estes dias têm sido particularmente rigorosos e têm feito sofrer muitos milhões de pessoas que ficaram retidas em casa, enquanto as ruas ficaram cobertas de neve e vazias, os transportes públicos foram interrompidos, milhares de voos foram cancelados ou sofreram atrasos consideráveis e as escolas e as empresas fecharam as suas portas, isto é, o quotidiano de uma grande parte dos Estados Unidos foi seriamente afectado. As zonas mais atingidas têm sido os estados de Nova York, Connecticut, Massachusetts e Maine. Em Nova York registaram-se as mais baixas temperaturas das últimas décadas e os termómetros até marcaram -34º C, enquanto as águas do seu porto congelaram. Na cidade de Boston acumularam-se mais de dois metros e meio de neve nos últimos dias e as águas do seu porto congelaram. As cataratas do Niagara também congelaram e até os jardins da Casa Branca, em Washington, se cobriram de neve.
A edição do Newsday escolheu o título Ice Age (a Idade do Gelo), numa alusão ao período em que extensos mantos de gelo cobriram a América do Norte, mas também uma fotografia elucidativa e insólita, que é um bom exemplo de fotojornalismo: as águas do porto de Nova York congeladas e o porto quase a precisar da acção de navios quebra-gelos.