sábado, 11 de abril de 2015

Foi você que falou em homens de palavra?

 
Este indivíduo que foi baptizado como António Pires de Lima (APL) é um economista, igual a tantos outros que por aí andam e, através do seu currículo, sabemos que vendeu sumos, cafés e cervejas Super Bock. Agora, pela mão do irrevogável, chegou a ministro e, com ares de uma competência que ainda está por demonstrar e alguma arrogância, faz propaganda, vende disparates e alimenta ilusões. Para ele, a pasta da Economia são empresas e privatizações, não são trabalhadores. Ele é o privatizador-mor e, aparentemente, é isso que faz no governo para, com obcessão ideológica, servir interesses indefinidos.
Quando há tempos foi à Assembleia da República prestar contas dos seus desempenhos não foi capaz ou não quis retratar a nossa débil economia, nem explicar porque não há investimento, preferindo adoptar um lastimável e ridículo comportamento que foi quase insultuoso para o Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, que nem estava presente nem era para ali chamado. Esperava-se mais de um PL!
Aqui há dias, a propósito das questões da TAP e do insanável impasse que ameaça a empresa com novas greves, veio dizer que “os acordos em homens de palavra são para se cumprir”. Esta frase, dita por um ministro, é para rir à gargalhada.
Então, o que é que os ministros em geral, e o nosso primeiro Passos em particular, têm feito aos acordos que fizeram com os eleitores? Será que esta gente se esquece que está no governo para cumprir um acordo feito com os eleitores que está inscrito no seu programa eleitoral e, naturalmente, na Constituição da República?

Sucesso da indústria aeronáutica francesa

Diversos jornais franceses, como acontece com Le Figaro, anunciam hoje que a Índia encomendou 36 aviões Rafale à França, durante a visita oficial que o Primeiro-Ministro Narendra Modi fez a Paris. Em Fevereiro passado, tinha sido assegurada a venda de 24 unidades do mesmo avião ao Egipto por 5 mil milhões de euros e, desta forma, em pouco tempo a França concretiza a primeira venda deste avião para o estrangeiro com duas encomendas. A economia francesa anima-se e a imprensa faz eco desse entusiasmo.
O Rafale é um caça polivalente de amplo raio de acção, de dupla propulsão e com asa em delta, podendo ter várias versões. Foi concebido pela Dassault Aviation e entrou ao serviço em 2000. Porém, até agora só a Força Aérea e a Marinha francesas tinham adquirido este avião para o seu serviço, dispondo respectivamente de 42 e 26 unidades, embora estejam encomendadas mais 120 aviões. Porém, apesar das suas reconhecidas capacidades operacionais, o Rafale ainda não se tinha imposto no mercado internacional porque a concorrência é muito forte neste sector, com propostas americanas, russas, chinesas, suecas e de vários consórcios europeus.
Actualmente, sabe-se que a Índia mantém conversações para formar uma parceria com a Dassault Aviation e para construir os aviões Rafale na própria Índia, havendo também negociações com os Emirados Árabes Unidos para equipar a sua Força Aérea.
Se faltasse alguma coisa para confirmar que o mundo está cada vez mais inseguro, aqui está esta notícia do sucesso da indústria aeronáutica francesa e da corrida que alguns países vêm fazendo aos aviões de combate, casos do Egipto e da Índia, apesar de terem outros problemas internos graves para resolver. Ou, como diria o Papa Francisco, esta economia mata!