A República da
Índia, ou simplesmente Índia, é uma federação de 28 estados e oito “territórios
da União” que, no seu conjunto, é o segundo país mais populoso do mundo e o
sétimo maior em superfície territorial. É um dos herdeiros do Império
Britânico, a chamada Jóia da Coroa, da qual obteve a independência em 1947 sob
a liderança de Jawaharlal Nehru e a inspiração de Mohandas Gandhi, sendo uma
sociedade culturalmente pluralista, multilingue e multiétnica. Actualmente tem
cerca de 1400 milhões de habitantes, é uma economia em acelerado crescimento e
dispõe de uma classe média em rápida ascensão, embora tenha elevadas taxas de
pobreza que cohabitam com armas nucleares e programas espaciais.
Foi nesse país que,
em 1868, o empresário Jamsetji Tata fundou uma empresa comercial que, ao longo
dos tempos, deu origem ao Grupo Tata, com sede em Bombaim (Mumbai), que
actualmente é o maior grupo empresarial da Índia e é reconhecido e respeitado
em todo o mundo. Os seus interesses encontram-se nas áreas da energia, aço,
automóveis, tecnologias de informação, comunicação, transporte aéreo, hotelaria
e chá, dominando algumas marcas mundiais de grande notoriedade como a Jaguar,
Land Rover e Daewoo (automóveis), AIG (seguros), ThyssenKrupp (siderurgia), Tetley Tea (chá) e Air India (transporte
aéreo), entre outras.O Grupo Tata é um
caso raro de gestão familiar, uma vez que os presidentes das suas principais
empresas e grupos de empresas são, quase sempre, membros da família Tata.
No ranking das maiores empresas do mundo,
uma das empresas do grupo Tata, a Tata Consulting Services (TCS) ocupa o 83º
lugar. É exactamente essa empresa que, conforme anunciou o jornal Toronto
Sun, escolheu a cidade canadiana de Toronto para expandir a sua
actividade no Canadá e instalar um centro de inovação, que se espera venha a
criar 5000 empregos em todo o país nos próximos anos, além de concretizar
investimentos em universidades canadianas para o apoio de programas de pesquisa
e de natureza filantrópica.
Costuma falar-se dos tigres asiáticos e dos novos tigres asiáticos que estão a transformar a economia e o comércio
internacionais, por vezes através da exploração intensiva de mão-de-obra, mas não é habitual incluir a Índia nessa categoria, mas o domínio das tecnologias da informação e da comunicação, bem como o
dinamismo do Grupo Tata, mostram que a Índia é um país emergente e em ascensão.