sábado, 15 de agosto de 2020

Máscaras: protecção e acessório de moda


A revista alemã Der Spiegel dedicou a primeira página da sua última edição ao acontecimento a que chama o drama das máscaras, que diz serem irritantes e odiadas, mas que ainda são a única esperança para evitar que a pandemia do covid-19 alastre e que aumente o número de pessoas contagiadas.
No momento actual o surto pandémico parece estar num período indefinido um pouco por toda a parte, porque se verificam sinais contraditórios, uns que mostram que o surto está estabilizado ou mesmo em retrocesso, enquanto outros mostram algum agravamento ou que já estaremos perante uma segunda vaga, o que bem preocupa as autoridades. Sem o aparecimento de uma vacina eficaz, apesar da verdadeira corrida que se verifica entre países e laboratórios rivais como se essa descoberta científica fosse um caso de prestígio e não um contributo para a saúde da humanidade, as medidas que têm sido adoptadas desde o início da pandemia – distanciamento social, lavagem das mãos e uso de máscaras – continuam a ser as mais recomendadas.
A recomendação para o uso de máscaras tem-se intensificado e tem sido acolhida pelas populações, dando origem a uma postura revelada pela primeira página do Der Spiegel, que mostra a panóplia de máscaras que as pessoas usam para se protegerem do contágio.
Porém, no caso português e provavelmente mundial, as máscaras estão a tornar-se num novo e decorativo acessório de moda, algumas vezes assinadas por fashion designers que as concebem e produzem para todos os gostos e, algumas vezes, as vendem por preços exorbitantes. Além disso, as máscaras também estão a transformar-se num suporte publicitário com as mais diversas cores, decorações e mensagens, incluindo emblemas desportivos, logotipos empresariais, símbolos de marcas comerciais, promoção de poderes autárquicos, entre outras mensagens, isto é, protegem, decoram e ainda informam o espaço público. Ainda havemos de ver máscaras MRS ou máscaras CR7…