segunda-feira, 3 de novembro de 2025

Os drones: da vigilância a arma de guerra

A guerra na Ucrânia teve início no dia 24 de fevereiro de 2022, quando Vladimir Putin ordenou uma “operação militar especial”, concretizada através de invasão que apenas veio intensificar a tensão e o estado de guerra que se vivia no território ucraniano oriental desde 2014, sobretudo nas regiões separatistas de Lugansk e Donetsk.
Desde há cerca de 45 meses que, todos os dias, somos massacrados com notícias, umas verdadeiras outras falsas, para além de ouvirmos um sem número de comentadores especializados, mas o facto é que não sabemos o que realmente se passa no terreno, embora se perceba que as partes estão cansadas, que desejam o fim do morticínio e da destruição e que não estão disponíveis para aceitar a vitória do outro.
No campo especificamente do confronto militar, porque os recursos humanos e materiais são escassos, os dois adversários transformaram a utilização de drones — veículos aéreos não tripulados, tanto civis como militares — numa ferramenta estratégica e simbólica que passou a marcar o ritmo, a eficácia e até a moral das tropas. Pelo seu baixo custo, precisão e autonomia os drones tornaram-se elementos cruciais naquele conflito, onde o controlo do espaço aéreo é essencial e é disputado pela tecnologia, pela inteligência artificial e pela logística.
À medida que o conflito se prolonga, os drones evoluíram de ferramentas de vigilância para armas ofensivas e plataformas de guerra psicológica, substituindo-se aos disparos da artilharia, aos bombardeamentos aéreos e aos mísseis. O uso intensivo de drones, tanto por russos como por ucranianos, responde à necessidade de reduzir perdas humanas e de compensar as deficiências da logística, mostrando que o futuro das guerras já não depende apenas do factor humano mas, cada vez mais, da capacidade de possuir e programar drones.
A última edição do jornal catalão ara que se publica em Barcelona, dedica uma desenvolvida reportagem à la guerra dels drons.

A inauguração do Grande Museu Egípcio

O Grande Museu Egípcio (GEM na sua sigla em inglês) foi inaugurado no passado sábado na cidade do Cairo, numa cerimónia faraónica que a edição de domingo do jornal Kuwait Times classificou como “luxuosa”. Parece que o caso não era para menos, pois nela estiveram presentes dezenas de chefes de Estado e de Governo, bem como membros de casas reais de vários países.
O GEM ocupa uma área de 47 hectares e tem cerca de 100 mil artefactos, reunindo as mais emblemáticas peças da história egípcia como a colossal estátua de Ramsés II, com 83 toneladas, que dá as boas-vindas aos visitantes no átrio principalo lendário Barco Solar do Rei Khufu, a colecção completa do Rei Tutankhamon, composta por 5.398 objetos, os tesouros da Rainha Hetepheres, entre muitas outras raridades que fazem do GEM o maior museu arqueológico do mundo.
A sua construção iniciou-se no ano de 2005, durante a presidência de Hosni Mubarak mas, por circunstâncias imprevistas como a turbulência política durante e após a Primavera Árabe de 2011, a pandemia de covid-19 e as guerras na Ucrânia e em Gaza, o projecto sofreu atrasos e a sua construção demorou vinte anos. 
Trata-se de um investimento de 1.000 milhões de dólares, que é dedicado à antiga civilização egípcia e tem como objectivo impulsionar a indústria do turismo e a economia da República Árabe do Egipto, que espera que o museu atraia sete milhões de turistas por ano e se torne um dos mais visitados museus do mundo.
Entre os convidados do presidente egípcio Abdul Fatah Khalil Al-Sisi encontrava-se o presidente Marcelo Rebelo de Sousa, mas não é conhecida a composição da sua comitiva, nem como se deslocou.