A guerra na
Ucrânia teve início no dia 24 de fevereiro de 2022, quando Vladimir Putin
ordenou uma “operação militar especial”, concretizada através de invasão que apenas
veio intensificar a tensão e o estado de guerra que se vivia no território
ucraniano oriental desde 2014, sobretudo nas regiões separatistas de Lugansk e
Donetsk.
Desde há cerca de
45 meses que, todos os dias, somos massacrados com notícias, umas verdadeiras
outras falsas, para além de ouvirmos um sem número de comentadores especializados,
mas o facto é que não sabemos o que realmente se passa no terreno, embora se
perceba que as partes estão cansadas, que desejam o fim do morticínio e da
destruição e que não estão disponíveis para aceitar a vitória do outro.
No campo
especificamente do confronto militar, porque os recursos humanos e materiais
são escassos, os dois adversários transformaram a utilização de drones — veículos aéreos não tripulados,
tanto civis como militares — numa ferramenta estratégica e simbólica que passou
a marcar o ritmo, a eficácia e até a moral das tropas. Pelo seu baixo custo,
precisão e autonomia os drones
tornaram-se elementos cruciais naquele conflito, onde o controlo do espaço
aéreo é essencial e é disputado pela tecnologia, pela inteligência artificial e
pela logística.
À medida que o
conflito se prolonga, os drones
evoluíram de ferramentas de vigilância para armas ofensivas e plataformas de
guerra psicológica, substituindo-se aos disparos da artilharia, aos
bombardeamentos aéreos e aos mísseis. O uso intensivo de drones, tanto por russos como por ucranianos, responde à
necessidade de reduzir perdas humanas e de compensar as deficiências da
logística, mostrando que o futuro das guerras já não depende apenas do factor
humano mas, cada vez mais, da capacidade de possuir e programar drones.
A última edição
do jornal catalão ara que se publica em Barcelona, dedica uma desenvolvida reportagem
à la guerra dels drons.

