quarta-feira, 8 de abril de 2020

Usar ou não usar máscara de protecção

No meio das inúmeras polémicas que têm aparecido na esfera pública resultantes da ansiedade das pessoas e do desconhecimento sobre a natureza do vírus que por aí anda, a questão do uso ou não uso das máscaras de protecção está na ordem do dia.
Os asiáticos usam-nas por rotina desde há muito tempo, mas na Europa Ocidental tem havido alguma hesitação quanto ao seu uso.
Tanto quanto se sabe, o contágio por covid-19 é feito através de gotículas e secreções que saem da boca quando uma pessoa espirra ou tosse e, por isso, a máscara serve sobretudo para proteger as pessoas que se encontram ao redor de quem usa a máscara e, de forma indirecta, também servem para proteger quem a usa. No entanto, porque não há certezas absolutas nem provas científicas irrefutáveis quanto à evolução ou tratamento do covid-19, há espaço para todo o tipo de opiniões. Assim, uns acham que se deve usar máscara de protecção e outros acham que não. Enquanto alguns países já obrigam ou recomendam o uso da máscara, as autoridades sanitárias portuguesas continuam a considerar que “de acordo com a situação actual em Portugal, não está indicado o uso de máscara para protecção individual, excepto para os suspeitos de infeção por covid-19 e para as pessoas que prestem cuidados a suspeitos de infecção por covid-19”. Assim, até agora, a Direcção-Geral da Saúde (DGS) não recomenda o uso da máscara de protecção às pessoas que não apresentem sintomas, até porque a máscara contribui para uma falsa sensação de segurança e a sua eficácia obriga a que seja trocada com regularidade, o que provavelmente não é feito pela generalidade dos que a usam. Por isso, até novas recomendações da DGS, continuarei a cumprir as regras básicas da higiene e do distanciamento social, mas sem usar máscara de protecção.