A Assembleia da
República aprovou algumas propostas que vão permitir a entrada de todo o tipo de animais de
companhia em espaços fechados de restauração e essa permissão vai entrar em
vigor a partir do próximo mês de Maio. Hoje, o jornal Público anuncia essa
nova lei em primeira página e eu fiquei assustado, pois já estou a imaginar
que nunca mais possa entrar num restaurante português, porque desconfio da educação
cívica da maioria dos donos dos animais que lá possam estar e não quero estar
próximo deles. Essas mesmas pessoas não cuidam dos seus animais que ameaçam a saúde
pública ao permitirem, por exemplo, que os dejectos caninos infestem a cidade, como se vê nas
ruas de Lisboa. Como é possível que os responsáveis por essa pouca vergonha que é o ataque à higiene pública tenham
o direito de entrar nos restaurantes com os seus cães ou com outros animais de estimação? Os comportamentos a que
assisto repetidamente por parte dos donos dos cães, não me dão garantias de que
esse comportamento seja diferente no interior dos restaurantes. E se forem cobras e lagartos? E ratos e sapos? E se os rottweillers, os pitbulls ou os cães de fila brasileiros estiverem nesses mesmos restaurantes? Como foi possível que a maioria dos deputados aprovasse uma lei destas?
Embora esta
legislação seja uma novidade em Portugal, parece que já é uma prática corrente
na maioria dos países europeus, se bem que não seja igual em todos eles. Talvez
nesses países haja comportamentos cívicos diferentes dos hábitos dos donos dos
cães e de outros animais de estimação em Portugal. Estou assustado e receoso de
não voltar a frequentar restaurantes portugueses.
Animais no meu restaurante? Não,
obrigado.