quinta-feira, 2 de maio de 2024

O novo e moderno porta-aviões chinês

A edição de hoje do jornal China Daily destaca com uma eloquente fotografia, o início dos primeiros testes de mar do novo porta-aviões da Marinha do Exército Popular de Libertação da China, que está a ser construído em Xangai, desde há seis anos. Trata-se do Fujian, o terceiro porta-aviões chinês, que desloca 80 mil toneladas e que se junta ao Shandong de 66 mil toneladas e ao Liaoning de 60 mil toneladas.
Logo que entre ao serviço, só a Marinha americana terá porta-aviões maiores que o Fujian. De acordo com a notícia, o novo porta-aviões chinês dispõe de um sistema de catapulta electromagnética semelhante ao do USS Gerald Ford, o único porta-aviões que até agora dispunha desse sistema, o que lhe permitirá operar aviões maiores e com maior capacidade de transporte. Com este novo navio e com as tecnologias que terá disponíveis, a China melhora enormemente a capacidade da sua Marinha, o que parece ser uma preocupação para os Estados Unidos, pelo seu impacto no que respeita ao domínio do mar da China e, sobretudo, em relação à questão de Taiwan.
Porém, o crescimento da Marinha chinesa não é uma novidade, pois nesta altura já é a maior força naval do mundo com mais de 340 navios de guerra e com uma produção a “um ritmo frenético” de novos navios em estaleiros chineses. Relativamente aos porta-aviões, desde 1985 que a China decidiu estudá-los para que a sua indústria os pudesse projectar e construir, tendo para esse efeito comprado quatro porta-aviões que estavam fora de serviço, sendo um australiano (HMAS Melbourne) e três utilizados pela ex-União Soviética (Minsk, Kiev e Varyag).
E assim vai o mundo no que respeita ao rearmamento...

Submarino emergiu da calote polar ártica

A edição de hoje do jornal The New York Times apresenta com grande destaque uma reportagem do seu jornalista Kenny Holston, que embarcou num submarino de ataque com propulsão nuclear, “para ver como o Pentágono está a treinar para uma potencial guerra abaixo do mar congelado”. 
O jornalista embarcou no USS Hampton (SSN 767), uma unidade da classe Los Angeles, habitualmente estacionada na Base Naval de Point Loma, em San Diego. O navio navegou para a região polar e emergiu no gelo ártico duas vezes, no quadro da sua participação na Operação Ice Camp, uma operação anual de três semanas que testa a capacidade da frota submarina americana operar em ambiente hostil. O jornalista descreveu a navegação sob a calote de gelo polar, tendo verificado como é complexa, acontecendo por vezes que o submarino navega entre duas ameaças: a camada de gelo por cima e o fundo do mar por baixo. Segundo o comandante do navio “operamos o navio a 6 metros do fundo, com 12, 18 metros de gelo acima de nós, assim conseguindo evitar os picos de gelo, virados para baixo”.
Como acontece em qualquer submarino, o espaço é sempre muito escasso e a reportagem aborda esse problema, muito importante quando o submarino está submerso, bem como a comida limitada e a ausência de qualquer comunicação externa durante várias semanas.
O embarque do jornalista Kenny Holston no USS Hampton, insere-se numa campanha de divulgação das actividades da Marinha americana, pois esta missão do submarino está relatada em diferentes jornais.