Sabemos pouco
sobre esta figura política que, pelo menos no seu partido, é uma pessoa
importante e uma verdadeira luminária. Em Julho deixou de ser Secretário de
Estado da Solidariedade e Segurança Social, porque aquilo era pouco para a sua
ambição. Incomodava-o estar sempre em segundo plano e, ainda por cima, porque é
pequenino, não tinha qualquer destaque na televisão. O tempo das
vice-presidências em Valongo e Gaia ou as duas passagens por Secretarias de Estado,
não satisfizeram o seu apetite pelo poder. Assim, passou a ser coordenador e
porta-voz do seu partido, uma espécie de loureiro
ou de relvas reciclados, o que lhe
permite dominar o aparelho, tomar as rédeas do poder e preparar-se para o salto
em frente. Para já, percorre o país, aparece e fala à procura do protagonismo que o poderá levar ao poder.
Desde então, tem
uma página oficial na internet e aparece diariamente nas televisões com uma voz
que incomoda, opinando sobre tudo e atribuindo os males do mundo aos seus
adversários políticos. Há dias acusou o FMI
de "hipocrisia institucional", por fazer "proclamações em
relatórios" onde reconhece excesso de austeridade, embora depois se
mantenha "inflexível" nas negociações. Quis ser um valentão no ataque
ao FMI, mas os seus concorrentes de partido que também têm a mesma ambição, logo o mandaram calar. Na sua página oficial na internet
pode ver-se que todos os dias faz parte da notícia ou é a notícia, mas também
que tem uma sobrecarregada agenda com comícios, jantares e voltas de campanha,
um pouco por todo o lado. Porém, o homem está cheio de telhados de vidro e ainda
não explicou por que razão, enquanto administrador
da Metro do Porto em 2008 e 2009, deu parecer favorável à contratação de swaps que causaram elevadas perdas
à empresa.