Celebram-se hoje 75 anos sobre o dia 6 de Junho de 1944, que ficou conhecido na História como o Dia D. Na manhã desse dia, as tropas aliadas constituídas sobretudo por forças americanas, inglesas e canadianas, mas também por elementos de outras nacionalidades, concretizaram o seu desembarque nas praias francesas da Normandia e iniciaram a sua caminhada em direcção à Alemanha e ao refúgio de Adolfo Hitler.
O comandante supremo desta acção, que foi a maior operação anfíbia que a História alguma vez conheceu e que foi designada por Operação Overlord, foi o general americano Dwight D. Eisenhower, mas muitos outros militares importantes de ambos os lados do conflito participaram na operação.
Hitler e o nazismo dominavam a Europa e tinha sido ordenada a construção de fortificações ao longo de toda a costa atlântica desde a Espanha à Noruega, para assegurar a proteção alemã de uma invasão aliada, que veio a acontecer. O local escolhido para o desembarque foi uma extensa área de cerca de 80 km que foi dividida em sectores, cujos nomes ficaram famosos – Utah, Omaha, Gold, Juno e Sword. O desembarque foi feito sob más condições meteorológicas e sob intenso fogo alemão em praias minadas e cheias de obstáculos e, só nesse dia, atravessaram o canal da Mancha cerca de 160 mil homens, transportados em quase 5 mil veículos de desembarque e de assalto e, nesse dia, tiveram dez mil baixas, incluindo 4414 mortos confirmados.
A história deste dia está devidamente registada na obra de referência The Longest Day, um livro editado em 1959 por Cornelius Ryan que o cinema adoptou em 1962, sendo porventura os mais expessivos documentos que relatam o Dia D.
Ontem e hoje foram dias de grandes cerimónias de evocação desse desembarque que iniciou a libertação da Europa e de homenagem aos homens que lhe sobreviveram até aos nossos dias, tendo muitos jornais internacionais evocado essa efeméride, como aconteceu com Le Figaro.