Desde há cerca de duas semanas que o fogo vem consumindo extensas áreas florestais
da região amazónica brasileira, mas também da Bolívia e, pelo conjunto de
protestos internos e internacionais que nos chegam através das televisões, só
podemos concluir que o que está a acontecer resulta da acção do homem e não de quaisquer causas naturais.
Segundo foi revelado, desde o início do ano já foram registados 73 mil
focos de incêndio na Amazónia brasileira, o que significa quase o dobro do que
se verificou no ano passado, daí resultando a perda de uma área de floresta
equivalente ao território da Alemanha.
Os principais acusados por esta enorme tragédia ambiental são a ambição e a
ganância dos produtores de gado e de soja que, através de queimadas não controladas e de incêndios, pretendem
desmatar e aumentar as suas áreas de produção, aparentemente com o consentimento implícito do governo de Jair Bolsonoro. Porém, em vez de actuar, o governo brasileiro
vem responsabilizando as ONG que defendem a Amazónia, acusando-as de provocarem os incêndios florestais com o fim de o atacarem politicamente, o que é mais uma
fantasia do Jair e da sua limitada inteligência.
O facto é que o mundo está angustiado com o que se passa na Amazónia, que é
um dos pulmões do planeta. O desequilíbrio ambiental que está a ser provocado
pode ser irreversível e as Nações Unidas,
a União Europeia, a Alemanha, a França e outros países têm protestado contra o que está a acontecer, para além do natural protesto
dos prejudicados da primeira linha que são os brasileiros.
O jornal Estado de Minas, de Belo Horizonte, diz hoje em primeira página que
o Brasil “pegou fogo”. Realmente, desde
que, no primeiro dia do ano de 2019, o Jair chegou à presidência, não cessam as
notícias desagradáveis e negativas sobre o Brasil. Começa a ver-se que o Brasil merecia um presidente melhor.