terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Federer é o nome maior do ténis mundial

No passado dia 29 de Janeiro o tenista suíço Roger Federer triunfou no Australian Open e com essa vitória somou o seu 18º triunfo em torneios do Grand Slam (Australian Open, Roland Garros, Wimbledon e US Open), reforçando a sua liderança nesse prestigiado ranking. Essa circunstância, assim como as suas 89 vitórias em torneios ATP e o recorde de 302 semanas como número 1 mundial entre 2004 e 2012, fazem de Roger Federer não só um dos maiores tenistas de todos os tempos, mas também um dos maiores desportistas da actualidade.
O jornal desportivo francês L’Equipe decidiu entrevistar Roger Federer que, apesar dos seus 35 anos de idade, revelou ter o sonho de conquistar vinte títulos do Grand Slam e de estar presente nos Jogos Olímpicos de Tóquio em 2020, uma vez que nas suas quatro participações olímpicas nunca conseguiu uma medalha de ouro em singulares. Esta ambição e esta confiança são verdadeiramente notáveis numa tão longa e desgastante carreira desportiva.
Segundo a revista Forbes, Roger Federer foi em 2016 o 4º desportista mais bem pago do mundo, tendo tido um rendimento de 77 milhões de dólares de salários, prémios e contratos publicitários, mas uma parte dos seus rendimentos são canalizados para a sua Fundação Roger Federer que auxilia crianças carentes na África do Sul, que é a terra natal da sua mãe. Federer fala fluentemente quatro línguas, tem quatro filhos e teve a sua primeira vitória em torneios ATP no dia 4 de Fevereiro de 2001 em Milão. Grande Federer!

O Donald é um perigo para a paz mundial

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Os Estados Unidos são a superpotência militar do planeta, tendo um orçamento militar  da ordem dos 600 mil milhões de dólares (cerca de 570 mil milhões de euros), que é três vezes superior ao da China e sete vezes superior ao da Rússia, superando o gasto combinado dos sete países que o seguem na lista dos maiores orçamentos militares, conforme revela hoje o jornal El Periódico de Barcelona.
Note-se que o orçamento militar americano é três vezes superior ao Produto Nacional Bruto português! Porém, Donald Trump ainda acha pouco e anunciou que vai pedir ao Congresso um reforço de 54 mil milhões de dólares no orçamento militar, correspondente a um aumento de 9%, porque “já são horas dos Estados Unidos voltarem a ganhar guerras”. Na sua declaração, Donald Trump disse que o exército americano iria ser melhorado, bem como todas as suas capacidades ofensivas e defensivas, para que seja ”maior, melhor e mais forte que nunca”. Depois, assumindo-se como o fanfarrão do costume, disse esperar que não seja necessário utilizá-lo, mas que “ninguém se vai meter connosco”. Depois de criticar o dinheiro que os americanos têm gasto nas guerras do Médio Oriente nas últimas décadas, afirmou que a partir de agora a América lutará para ganhar ou simplesmente não combaterá. O El Periódico salienta que esta opção de Donald Trump é um “regalo para la industria armamentística que ya de por sí vive una época dorada gracias a conflictos como los de Yemen y Siria, que han disparado el gasto militar de Arabia Saudí y los países del Golfo”.
Segundo tem sido afirmado, este aumento da despesa militar americana vai afectar significativamente o orçamento da protecção ambiental, da cooperação internacional e, provavelmente, as pensões e o sistema de saúde. O Donald é mesmo um perigo até, ou sobretudo, para os americanos.

Grandes potências confrontam-se no mar

A edição de ontem do jornal Le Fígaro destaca que “o confronto entre as grandes potências mundiais se joga nos oceanos” e ilustra essa frase com uma fotografia do porta-aviões chinês Liaoning, a navegar com algumas fragatas. De acordo com o jornal, o mar tornou-se o centro dos grandes jogos estratégicos, salientando que depois do fim da guerra fria, os oceanos se tornaram um palco de confrontos potenciais entre as grandes potências e que, por isso, as potências emergentes asiáticas estão a modernizar as suas frotas.
De facto, há actualmente muitas zonas de tensão que se estendem do Atlântico ao mar do Sul da China, passando pelo oceano Índico, pelo golfo de Aden e pelo Mediterrâneo oriental, havendo concentração de meios navais em muitas dessas áreas. Os Estados Unidos mantém a supremacia naval no mundo através de uma dezena de super porta-aviões, mas os países asiáticos estão a reforçar-se. Assim, para além do Liaoning, a China tem um segundo porta-aviões em construção e parece que uma terceira unidade faz parte dos seus planos de reforço militar. A Índia que já dispunha dos porta-aviões Viraat e Vikramaditya, reforçou-se recentemente com o novo Vikrant, totalmente construído e equipado nos estaleiros de Cochim. Até a Tailândia tem o Chakri Naruebet, o seu porta-aviões de bandeira, enquanto a Austrália e o Japão não tardarão a “sentir-se ameaçados” e a requerer o reforço da sua defesa. Parece que estamos a chegar a um tempo semelhante ao da guerra fria, numa escalada a que então se chamou neokeynesianismo militar, isto é, perante “as ameaças” aumentavam as despesas militares dos rivais e perante o aumento das despesas militares dos outros, também aumentavam as nossas, numa verdadeira espiral de despesa militar. Nessa corrida, os porta-aviões são importantes porque têm que ser cheios de aviões e de helicópteros. Então como agora, é a indústria do armamento que ganha.