Os candidatos à
presidência da França que chegaram à 2ª volta, vão encontrar-se esta noite num
debate televisivo que interessa a meio mundo e não apenas aos franceses. O
centrista e actual presidente Emmanuel Macron parece ter alguma vantagem sobre a
candidata radical de extrema-direita Marine Le Pen, mas as sondagens têm errado
tanto, como se viu desde o imprevisto "sim" ao Brexit, até à recente vitória de
Carlos Moedas em Lisboa, que é caso para utilizar a repetida expressão
“prognósticos só no fim do jogo”. Por isso, o debate desta noite pode
influenciar o resultado do próximo domingo.
As eleições
francesas são muito importantes para a Europa e para o mundo, porque à
instabilidade e à incerteza trazidas pela guerra na Ucrânia, junta-se a ameaça
de implosão da União Europeia, que o projecto nacionalista de Marine Le Pen corporiza.
Por outro lado, Emmanuel Macron tem sido o líder ocidental que, aparentemente, mais tem
feito no sentido de haver um cessar-fogo na Ucrânia e para que haja negociações
entre Kiev e Moscovo, ou entre Moscovo e Washington.
Hoje, toda a
imprensa francesa, como sucede com o jornal Le Parisien, dedica largo espaço ao
debate desta noite. Nos tempos por que passamos, a vitória de Emmanuel Macron é
uma necessidade para não aprofundar a incerteza com que actualmente nos confrontamos,
ou mesmo para salvar o projecto europeu de paz, solidariedade e progresso.