O diário
económico francês Les Echos, destaca na primeira página da sua edição de hoje uma
reportagem sobre o homem que “acordou a casa Peugeot” através de uma gestão a
que chamou o “electrochoc Tavares”. Trata-se do engenheiro Carlos Tavares,
presidente-executivo do grupo Peugeot-Citroën (PSA) desde há cerca de um ano. A
reportagem recolheu diversos depoimentos que parecem convergir num ponto: como
consequência das reestruturações efectuadas pelo seu CEO, o grupo PSA já
atingiu os seus objectivos de cash flow
com dois anos de avanço, enquanto as vendas melhoraram no mercado europeu e o
grupo está a conquistar mercado na China.
Carlos Tavares é
português, nasceu em Lisboa e costuma alimentar a sua paixão pelas corridas de
automóveis pilotando um Peugeot RCZ, usando o nome de Carlos Antunes e um
capacete com as cores da bandeira portuguesa. Admira a nossa história e diz:
“A história deste pequeno país, capaz de tais descobertas marítimas, é
fascinante”.
O seu lema de vida é o trabalho e todos os seus
colaboradores reconhecem as suas capacidades técnicas e de liderança. Não se
preocupa com a sua imagem pessoal e é um adepto da cultura e da avaliação de
resultados. Por isso não perde tempo e as reuniões a que preside não excedem
uma hora, as intervenções não atingem os 15 minutos e os power points não podem ter mais que cinco diapositivos. A leitura
desta reportagem é estimulante, embora nos deixe muito inquietos por não termos
gestores destes em Portugal.