Realiza-se
no próximo dia 23 de Abril a 1ª volta das eleições presidenciais francesas e,
de acordo com a média das inúmeras sondagens que têm sido feitas, de entre os
onze candidatos em luta há quatro que se destacam e estão praticamente
empatados nas intenções de voto. Porém, como só dois deles passarão à 2ª volta,
o combate político e a caça ao voto estão a animar a França. Hoje, o diário L’Écho
Républicain que é publicado em Chartres, destaca na sua primeira página
a fotografia desses quatro candidatos: François Fillon (centro direita) com
20%, Emmanuel Macron (centro-esquerda) com 23%, Jean-Luc Mélenchon (esquerda)
com 20% e Marine Le Pen (extrema direita) com 22%. Portanto, confrontam-se quatro
candidatos para ocupar os dois lugares que disputarão a 2ª volta. Então,
segundo as sondagens, o candidato Emmanuel Macron é aquele que tem mais
possibilidades de vencer, enquanto a candidata Marine Le Pen perde para
qualquer dos outros candidatos.
Nos
últimos tempos as sondagens eleitorais, enquanto instrumento de aferição
social, têm perdido alguma credibilidade, depois de terem falhado no Reino
Unido e nos Estados Unidos. No entanto, no caso francês, as sondagens estão a
servir para manter a incerteza quanto ao desfecho eleitoral e, também, quanto
ao futuro da França e até da Europa, pois os vários candidatos têm respostas
diferentes para a crise generalizada que atravessa a União Europeia e as suas
instituições. Daí que as eleições presidenciais francesas sejam muito importantes
não só para os franceses e para a grande comunidade portuguesa estabelecida em
França, mas também para o futuro da Europa.