O jornal brasileiro
O
Globo anunciou que no passado mês de Janeiro se verificaram 640
tiroteios na área metropolitana do Rio de Janeiro, o que significa que os
moradores da cidade se confrontaram com quase um tiroteio por hora, na maioria
das vezes entre a Polícia e os traficantes de droga.
De acordo com
outra fonte, no mesmo mês de Janeiro ocorreram 688 tiroteios e verificaram-se
146 mortes por arma de fogo e 158 feridos, o que mostra a dimensão da violência
na cidade do Rio de Janeiro.
O problema é
trágico porque, por exemplo no 1º semestre de 2017, ocorreram mais de 2600
tiroteios no Rio de Janeiro, de que resultaram quase 800 mortes. Estes números impressionam e assustam. Não se imagina a Cidade Maravilhosa assim!
No Brasil
pergunta-se muitas vezes se há solução para o problema da violência, até porque
a política de repressão que tem sido adoptada não tem produzido resultados e
apenas tem provocado o seu aumento, bem como o número de mortes e a insegurança
social. O facto é que a
violência no Rio de Janeiro, mas também em outras regiões do Brasil, é o
reflexo do progressivo aprofundamento das desigualdades sociais que se
verificam no Brasil, mas também é o resultado da aplicação de políticas
erradas.
A política de
segurança pública que tem sido seguida pelo Estado do Rio de Janeiro tem
custado muitos milhões ao erário público, sendo superior aos orçamentos estaduais
da educação e da saúde, mas as pessoas questionam-se cada vez mais sobre se não
teria sido preferível aplicar esses recursos em políticas de inclusão social.
Porém, com tudo o que se passa nas
estruturas do poder no Brasil, sobram dúvidas sobre se há capacidade ou vontade
para reduzir a violência no país e, em especial, na sua antiga capital.