Adicionar legenda |
Iniciou-se
ontem à noite em Saint-Étienne a participação portuguesa no Euro2016 e, como hoje titula o jornal A
Bola, Portugal bateu no muro.
Se foi assim e porque os muros já lá estavam, haveria que evitá-los e parece
que pouco se fez para isso. Aconteceu o empate porque os islandeses também
entraram em campo para discutir o jogo mas, para já, não vem mal ao mundo por
isso.
O problema é que
o resultado foi inesperado e até causou perplexidade em alguns jornalistas e
comentadores fanáticos que, em vez de darem algum realismo ao que disseram nos
dias que antecederam esta estreia pouco brilhante da equipa portuguesa,
trataram de endeusar a equipa e cada um dos seus jogadores, por vezes com uma
sobranceria e um servilismo a roçar o ridículo. Foi realmente pavoroso observar
o que foi dito pela generalidade dos jornalistas e comentadores que encheram as
televisões, com transmissões directas por tudo e por nada, que iludiram os adeptos com a ideia de que “eram favas
contadas” e que até “podemos ser campeões europeus”. Os adeptos que
percorrem milhares de quilómetros, que pagam bilhete, que pintam a cara de
verde e vermelho, que apoiam, gritam e se entusiasmam com a equipa do seu país,
mereciam outros comentadores e outros comentários.
Portanto, o problema não
foi o empate que é um resultado normal, mas a excessiva euforia que os
jornalistas e comentadores passaram para os adeptos, que são quem sofre, quem
paga e quem se ilude com o discurso desses papagaios mais ou menos engravatados. Porém, porque ainda faltam mais jogos, os adeptos ainda se poderão alegrar porque os jogadores irão
fazer o seu melhor.