Apesar de todas
as controvérsias que nos últimos tempos têm atormentado a Igreja Católica, a
voz do Papa continua a ter uma enorme força sobre toda a Humanidade.
Com 82 anos de
idade, o cidadão argentino Jorge Mario Bergoglio que é o 266º Papa da Igreja
Católica e o actual Presidente da Cidade Estado do Vaticano, tem enfrentado
grandes dificuldades internas e externas em relação ao seu pontificado, mas tem
procurado governar a Igreja com muita prudência, o que lhe tem permitido
manter-se como uma voz que defende os mais desfavorecidos e que ninguém
consegue ignorar.
Ontem, durante a missa
do Galo, que é celebrada na noite de Natal, o Papa Francisco apelou para que
não se caísse no consumismo e no egoísmo e para que “as pessoas reflectissem
sobre o que realmente precisam e, assim, possam prescindir do que é supérfluo e
partilhar o seu pão com os que não têm”. Depois, na missa do Natal voltou ao
mesmo tema e criticou o consumismo e a ganância na época do Natal, bem como a
“voracidade insaciável” dos homens. O jornal francês Le Figaro foi um dos periódicos
que, na sua edição de hoje, destacou as palavras do Papa Francisco.
Porém, esta visão
franciscana e solidária do Papa que os homens de boa vontade aplaudem, confronta-se
com a lógica económica que estimula o consumo, que incentiva a produção, que
cria emprego e que promove o equilíbrio social. Se houver menos consumo, haverá
menos produção, menos emprego e mais instabilidade social. Por isso, a questão
do consumo é um verdadeiro dilema.
Nas suas
intervenções natalícias, o Papa também pediu para se estabeleça o diálogo para
que os grandes conflitos que perturbam a Humanidade tenham soluções justas e
citou a Palestina, a Síria, o Iémen, a península coreana, a Venezuela e a
África.