quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

A voz do Papa que condena o consumismo

Apesar de todas as controvérsias que nos últimos tempos têm atormentado a Igreja Católica, a voz do Papa continua a ter uma enorme força sobre toda a Humanidade.
Com 82 anos de idade, o cidadão argentino Jorge Mario Bergoglio que é o 266º Papa da Igreja Católica e o actual Presidente da Cidade Estado do Vaticano, tem enfrentado grandes dificuldades internas e externas em relação ao seu pontificado, mas tem procurado governar a Igreja com muita prudência, o que lhe tem permitido manter-se como uma voz que defende os mais desfavorecidos e que ninguém consegue ignorar.
Ontem, durante a missa do Galo, que é celebrada na noite de Natal, o Papa Francisco apelou para que não se caísse no consumismo e no egoísmo e para que “as pessoas reflectissem sobre o que realmente precisam e, assim, possam prescindir do que é supérfluo e partilhar o seu pão com os que não têm”. Depois, na missa do Natal voltou ao mesmo tema e criticou o consumismo e a ganância na época do Natal, bem como a “voracidade insaciável” dos homens. O jornal francês Le Figaro foi um dos periódicos que, na sua edição de hoje, destacou as palavras do Papa Francisco.
Porém, esta visão franciscana e solidária do Papa que os homens de boa vontade aplaudem, confronta-se com a lógica económica que estimula o consumo, que incentiva a produção, que cria emprego e que promove o equilíbrio social. Se houver menos consumo, haverá menos produção, menos emprego e mais instabilidade social. Por isso, a questão do consumo é um verdadeiro dilema.
Nas suas intervenções natalícias, o Papa também pediu para se estabeleça o diálogo para que os grandes conflitos que perturbam a Humanidade tenham soluções justas e citou a Palestina, a Síria, o Iémen, a península coreana, a Venezuela e a África.