Durante algumas dezenas
de anos a Colômbia foi um palco onde actuaram contra o governo nacional diversos
grupos armados de inspiração revolucionária, tendo resultado desse conflito
mais de 250 mil mortos.
Há um ano Juan
Manuel Santos, o presidente da Colômbia, e Rodrigo Londoño, codinome "Timochenko", o
principal dirigente das FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), assinaram
em Havana um cessar-fogo que terminava com mais de cinquenta anos do conflito
armado. Mais recentemente, também o ELN (Exército de Libertação Nacional) e o
governo colombiano reunidos em Quito anunciaram um cessar-fogo, que estabelece
uma trégua que, desejavelmente, conduzirá a um cessar-fogo definitivo. Significa
que os 7000 guerrilheiros das FARC entregaram as armas e que os 1500
guerrilheiros do ELN estão com as armas descarregadas.
As FARC já decidiram
transformar-se num partido político, sem armas, baptizado como Força Alternativa
Revolucionária do Comum, de forma a manter a sigla FARC e apresentar-se ao
eleitorado colombiano com uma rosa vermelha como símbolo, enquanto na eleição
presidencial que se realizará no dia 27 de Maio de 2018 irá apresentar como seu
candidato Rodrigo Londoño, o médico de 59 anos de idade que é o seu principal
dirigente.
Quem não está no convento,
não sabe o que lá vai dentro. Há, por isso, muitas coisas que nós não sabemos.
Quando hoje o diário El Colombiano se questiona ¿Un año en paz?, apenas reflecte as
grandes dificuldades por que passa o processo de paz, com uns a entender que se
foi longe demais (os apoiantes do governo) e outros a considerar que os
compromissos assumidos estão por cumprir (os ex-guerrilheiros), havendo quem ainda ande de armas na mão.
De facto, há muitos e complexos problemas para resolver e a entrega do Prémio Nobel da Paz a Juan Manuel Santos em 2016, não pode descansar a comunidade internacional nem as Nações Unidas, que tanto se empenharam neste processo. A paz na Colômbia já deu passos importantíssimos, mas ainda falta muito para lá chegar sem retorno.
De facto, há muitos e complexos problemas para resolver e a entrega do Prémio Nobel da Paz a Juan Manuel Santos em 2016, não pode descansar a comunidade internacional nem as Nações Unidas, que tanto se empenharam neste processo. A paz na Colômbia já deu passos importantíssimos, mas ainda falta muito para lá chegar sem retorno.