Há uma grande
refinaria e um campo de exploração petrolífera a arder na Arábia Saudita, em
consequência de um ataque ocorrido no passado sábado em que foram lançados dez
drones contra a refinaria de Abqaiq e o campo de Khurais. Estes ataques já foram reivindicados
pelos rebeldes iemenitas houthis, mas os americanos não acreditam nessa declaração e acusam o Irão de estar por trás deste ataque. Entretanto, o The New York Times publicou uma
fotografia satélite do enorme incêndio nessa refinaria.
O ataque,
aparentemente muito eficaz, terá sido feito como reacção aos ataques aéreos e
incursões militares sauditas, que têm sido dirigidos contra as regiões do Iémen
que os rebeldes controlam, incluindo a sua capital Sanaa. Nos últimos meses, os
rebeldes houthis, que são apoiados pelo Irão, realizaram uma série de
bombardeamentos fronteiriços com mísseis e drones contra bases aéreas sauditas
e outras instalações no país, o que tem sido condenado pelos países ocidentais
que acusam o regime de Teerão de fornecer armas ao grupo, o que tem sido negado
pelos iranianos.
Os ataques de
sábado provocaram grandes incêndios na refinaria que é a maior instalação
mundial de processamento de petróleo e um dos maiores campos de extracção de petróleo,
ambos operados pela gigante estatal saudita Saudi Aramco – Saudi Arabian Oil Company.
Com este ataque,
a capacidade de produção diária da Arábia Saudita foi reduzida para menos de
metade, o que significa um corte de 5% na oferta mundial do produto e uma
ameaça para a estabilidade dos preços, o que pode dar origem a uma escalada na
sua cotação nos mercados mundiais.
Esta ocorrência também
veio aumentar a tensão entre os Estados Unidos e o Irão, que não cessam de
fazer recíprocas ameaças, além de mostrar que a rivalidade política e religiosa
nas margens do golfo Pérsico ou entre o Irão e a Arábia Saudita, continua a ser
um foco de preocupação mundial.