Na sequência da
morte de George Floyd, acontecida no dia 25 de Maio na cidade americana de
Minneapolis por acção de agentes da polícia local, os Estados Unidos e o mundo
reagiram contra o racismo e a violência policial, participando em muitas
manifestações em que foram vandalizadas estátuas e monumentos. Essas acções
aconteceram sobretudo nos Estados Unidos, onde muitas estátuas foram
derrubadas, quase sempre perante a passividade da polícia. Os alvos da
indignação popular foram algumas figuras locais relacionadas com ao tráfico ou
a utilização de mão-de-obra escrava não só africana como europeia, os confederados
que foram derrotados na guerra civil americana que levou à abolição da
escravatura e outras figuras da história americana. De entre estas, os
manifestantes parecem ter escolhido Cristóvão Colombo como o símbolo da
escravidão no país e do genocídio dos povos aborígenes, pelo que as suas estátuas
foram o alvo privilegiado dos manifestantes na generalidade das cidades. Que triste
sorte a deste homem que, depois de ter sido glorificado durante quinhentos
anos, se tornou o alvo dos derruba-estátuas americanos!
Porém, o bom
senso está a reaparecer e estuda-se legislação que estabeleça regras para a
remoção de símbolos ligados aos confederados da guerra civil ou a figuras com
registos inequívocos de intolerância racial. Ao mesmo tempo começam a corrigir-se
alguns desmandos populares devidos à ignorância e à emotividade. Em
Baltimore, no estado de Maryland, a estátua de Cristóvão Colombo que tinha sido
atirada à água no porto interior, foi recuperada e essa recuperação foi destacada
no jornal The Sun, que se publica em Baltimore.