terça-feira, 7 de julho de 2020

EUA: o derrube de estátuas vai ter regras


Na sequência da morte de George Floyd, acontecida no dia 25 de Maio na cidade americana de Minneapolis por acção de agentes da polícia local, os Estados Unidos e o mundo reagiram contra o racismo e a violência policial, participando em muitas manifestações em que foram vandalizadas estátuas e monumentos. Essas acções aconteceram sobretudo nos Estados Unidos, onde muitas estátuas foram derrubadas, quase sempre perante a passividade da polícia. Os alvos da indignação popular foram algumas figuras locais relacionadas com ao tráfico ou a utilização de mão-de-obra escrava não só africana como europeia, os confederados que foram derrotados na guerra civil americana que levou à abolição da escravatura e outras figuras da história americana. De entre estas, os manifestantes parecem ter escolhido Cristóvão Colombo como o símbolo da escravidão no país e do genocídio dos povos aborígenes, pelo que as suas estátuas foram o alvo privilegiado dos manifestantes na generalidade das cidades. Que triste sorte a deste homem que, depois de ter sido glorificado durante quinhentos anos, se tornou o alvo dos derruba-estátuas americanos!
Porém, o bom senso está a reaparecer e estuda-se legislação que estabeleça regras para a remoção de símbolos ligados aos confederados da guerra civil ou a figuras com registos inequívocos de intolerância racial. Ao mesmo tempo começam a corrigir-se alguns desmandos populares devidos à ignorância e à emotividade. Em Baltimore, no estado de Maryland, a estátua de Cristóvão Colombo que tinha sido atirada à água no porto interior, foi recuperada e essa recuperação foi destacada no jornal The Sun, que se publica em Baltimore.