Os irresponsáveis
comportamentos do ex-presidente Donald Trump e os seus incitamentos do dia 6 de
Janeiro para que o Capitólio fosse assaltado, ainda estão na memória da América
e do mundo. Portanto, há um grande interesse no que se está a passar nos Estados
Unidos e de saber se este tipo de comportamento fica ou não fica impune.
A primeira
acusação contra o comportamento de Trump partiu dos Democratas e foi facilmente aprovada no dia 13 de Janeiro na Câmara dos Representantes, onde têm a maioria.
Depois, o processo passou para o Senado e houve um primeiro debate para se
saber se este julgamento com vista ao impeachment
era ou não era constitucional, daí resultando a esperada derrota de Trump por
56 a 44 votos, o que significa que o Senado confirmou que o julgamento de
Donald Trump é constitucional e podia prosseguir.
A partir de agora vão
intensificar-se as acusações ao Donald, não para destituir um presidente que os
eleitores já despediram, mas para o responsabilizar pelo assalto ao Capitólio e
para o impedir de poder pensar numa recandidatura. Porém, houve apenas seis
senadores republicanos que aceitaram que o julgamento de Trump era constitucional e, por
isso, é altamente improvável que agora surjam dezassete senadores republicanos (de um total
de cinquenta) a condená-lo e venham a votar contra ele na próxima votação.
Nessa votação serão necessários 67 dos cem votos do Senado e isso parece ser
uma miragem. A imprensa americana tem reproduzido algumas das acusações contra o
Donald, que foi o inciter in chief, que
a sua atitude foi deliberated e premeditated ou, ainda, como afirma o The Wall
Street Journal, que ele inflamed and
incited o ataque ao Capitólio.
Ainda vamos
esperar alguns dias mas, provavelmente, Ronald Trump não vai ter o castigo que
merece. Os Estados Unidos precisavam de dar outro exemplo ao mundo.