A Gare do Oriente
ou Estação Ferroviária de Lisboa – Oriente é uma importante infraestrutura
projectada pelo famoso arquitecto espanhol Santiago Calatrava, que foi concluida em
1998 por ocasião da Expo98 e que se afirmou de imediato como um dos mais
expressivos exemplos de arquitectura contemporânea da cidade de Lisboa.
Depois, o bom
gosto e a nova arquitectura parece terem assentado arraiais e as ideias
amadureceram, começando a surgir obras de grande qualidade estética, sobretudo na
chamada frente ribeirinha de Lisboa, por vezes associadas a renovações e transformações
do tecido urbano, como aconteceu na Ribeira das Naus, no Cais do Sodré e no Campo das Cebolas. Como
exemplos dessa nova atitude surgiram o Centro Champalimaud (Charles Corrêa, 2011),
o Museu Nacional dos Coches (Paulo Mendes da Rocha, 2015), a nova sede da EDP
(Aires Mateus, 2015), o MAAT – Museu de
Arte, Arquitetura e Tecnologia (Amanda Levete, 2016) e o Terminal de Cruzeiros de
Lisboa (João Carrilho da Graça, 2017).
Embora se
enquadrasse no espírito renovador associado à Expo98 e às várias obras então
projectadas e construídas, a Gare do Oriente de Santiago Calatrava foi precursora
de uma nova atitude quanto à modernização da cidade através da arquitectura. E
tem resultado. E Lisboa está melhor. Por isso, aqui deixo uma singela fotografia de um detalhe do tecto da
Gare do Oriente, que diariamente avisto da minha janela.