sábado, 13 de setembro de 2025

Catalunha esqueceu ideal independentista

A Diada ou a Diada de l’Onze de Setembre, é o Dia Nacional da Catalunha, a grande festa nacionalista dos catalães, que a celebram todos os anos com grande entusiasmo, sobretudo os sectores políticos e sociais independentistas.
O problema da independência da Catalunha teve um ponto alto quando, no dia 27 de Outubro de 2017, o Parlamento da Catalunha declarou a separação da Espanha e a independência da República Catalã, na sequência de acção política nas ruas, de um referendo ilegal e de uma declaração unilateral de independência de Carles Puigdemont, que então era o presidente da Generalitat de Catalunya. A partir de então e sem apoios internacionais e a firme oposição do governo espanhol, o ideal independentista catalã perdeu fulgor e, todos os anos, esse facto tem sido referido pela imprensa.
Neste ano de 2025, a Generalitat de Catalunya, agora presidida por Salvador Illa i Roca, membro do Partido Socialista da Catalunha, decidiu promover a Diada como a festa mais apetecida dos catalães, tratando de publicar na primeira página dos vários jornais da Catalunha um anúncio mobilizador, inspirado na obra gráfica do catalão Joan Miró.  Porém, a independência catalã já não é o que era e, nas manifestações em Barcelona, Girona e Tortosa, terão participado apenas 40 mil pessoas. Na cidade de Barcelona, segundo os Mossos d'Esquadra, participaram 28 mil pessoas, o número mais baixo da última década e metade do número de participantes em 2024.
No entanto, a manifestação de Barcelona foi intensa e apelou à desobediência, encerrando com a tradicional queima das bandeiras da Espanha e da França, à qual se juntou a bandeira israelita, sob o slogan "Nem França nem Espanha, Países Catalães".
Como escreveu o El País, “la Diada expone la falta de movilización secesionista”.