Na próxima
quarta-feira, o cidadão brasileiro Francisco Buarque de Hollanda que nasceu no
Rio de Janeiro no dia 19 de junho de 1944, celebra o seu 80º aniversário. Na
sua edição de hoje, o jornal O Globo antecipa com destaque de
primeira página, a sua homenagem a “um dos maiores artistas brasileiros de
todos os tempos”, como cantor, compositor, violinista, dramaturgo, actor e
escritor.
A obra de Chico
Buarque chegou a Portugal em 1966 quando venceu o Festival de Música Popular
Brasileira com a música “A Banda” e lançou o seu primeiro álbum, que abriu as
portas do mercado português à música brasileira. Os grandes nomes da música
popular brasileira que os portugueses admiram, vieram todos depois de Chico
Buarque – João Gilberto, Tom Jobim, Caetano Veloso, Roberto Carlos, Elis
Regina, Maria Bethânia, Nara Leão, Gal Costa e tantos outros.
Chico Buarque em
1975 escreveu “Tanto Mar”, uma canção dedicada a Portugal que teve duas
versões. A primeira data de 1975 e saudava a revolução do 25 de Abril, dizendo:
“Sei que estás em festa, pá / Fico contente / E enquanto estou ausente / Guarda um cravo para
mim.
A segunda versão, com letra modificada depois de Novembro de 1975, foi gravada
em 1978 e dizia:
“Foi bonita a
festa, pá / Fiquei contente / E inda
guardo renitente / Um velho cravo para mim.
Os portugueses
depressa reconheceram o talento de Chico Buarque e, em 1996, o Presidente Jorge Sampaio
condecorou-o com a Comenda da Ordem do Infante D. Henrique. Em 2019 foi-lhe atribuído
o “Prémio Camões” que, devido ao obscurantismo político e cultural de Jair
Bolsonaro, só veio a receber em 2023. Nesse dia, em Queluz, perante os
presidentes de Portugal e do Brasil, Chico Buarque referiu-se ao seu pai, o historiador e sociólogo Sérgio Buarque de Hollanda,
“de quem herdei alguns livros e o amor pela
língua portuguesa”.
Aqui
fica a nossa modesta homenagem ao grande Chico Buarque!