O Dia
Internacional dos Monumentos e Sítios foi ontem evocado em todo o mundo sob a
inspiração da Unesco e, em Angola, segundo hoje revela a edição do Jornal
de Angola, ocorreram muitas iniciativas de que se destaca a
classificação do Palácio do Governo, em Luanda, como novo registo do Património
Histórico-Cultural Nacional.
De acordo com a
directora-geral do Instituto Nacional do Património Cultural de Angola, o país
conta actualmente com 265 monumentos e sítios classificados, embora a notícia
do Jornal
de Angola refira que são mais de trezentos. O facto é que parece que as
autoridades angolanas estão a trabalhar para preservar o seu património
cultural – património imaterial, património móvel e património imóvel – mas
também para a sensibilização da sociedade sobre essa matéria, incluindo a
consciencialização quanto aos efeitos ambientais na vida e na cultura dos
povos.
Do registo
nacional para o plano mundial há um enorme salto e, actualmente, Angola apenas tem
Mbanza Kongo, que conserva os vestígios da capital do antigo Reino do Kongo,
registada desde 2017 na World Heritage List da Unesco. Entretanto, a Unesco já
tinha aceitado os processos de inscrição preliminar que agora deverão ser
acelerados, das gravuras rupestres de Tchitundu-Hulu, no Namibe, do corredor do
Kwanza que está ligado à rota da escravatura e da cidade de Cuito Cuanavale,
que é considerada um símbolo da paz, do diálogo e da reconciliação nacional. O
governo angolano anunciou agora que pretende avançar este ano com estas três
candidaturas para inscrição na rota do património mundial da Unesco. É uma boa
notícia para Angola e não só.