terça-feira, 19 de janeiro de 2021

THE END... este é um filme para esquecer.

Dentro de algumas horas toma posse Joe Biden como o novo presidente dos Estados Unidos. Os americanos e o mundo vão suspirar de alívio se tudo correr bem. Washington está em estado de sítio porque um perigoso e vingativo indivíduo que viveu quatro anos na Casa Branca continua a gritar que houve fraude, o que não é verdade como verificaram todas as instâncias judiciais. Todos esperam que Donald Trump saia de cena e que terminem as angústias causadas pela arrogância, pelas mentiras e pela falta de carácter daquele homem. 
Não será necessário recorrer à memória para elencar alguns dos maiores atropelos que ele fez à boa ordem americana e à estabilidade do mundo, pois basta citar a denúncia dos Acordos de Paris, a construção do muro na fronteira mexicana, o abandono das agências especializadas das Nações Unidas ou a forma desastrosa como enfrentou a pandemia causada pelo covid-19
Porém, a “cereja no topo do bolo” foi o que aconteceu no dia 6 de Janeiro, quando num comício realizado em Washington, o Donald afirmou gostar de passear na Pennsylvania Avenue, onde se encontravam os seus fanáticos apoiantes, incitando-os a um último acto de lealdade para com ele e para que avançassem para o Capitólio, onde decorria a sessão do Congresso que iria validar a sua derrota eleitoral. Falando num relvado nas traseiras da Casa Branca, o Donald insistiu uma vez mais na sua narrativa de fraude eleitoral e disse à multidão: “Vamos marchar até ao Capitólio”. O que aconteceu depois foi visto em directo na televisão. Foi uma vergonha que manchou a América, mas o mundo espera que Joe Biden faça esquecer este filme tão mau da história americana recente e que seja de facto The End, como refere o jornal Le Télégramme de Brest.