terça-feira, 11 de setembro de 2012

O incrível deputado lambe-botas

A intervenção do nosso primeiro provocou um tsunami geral de desagrado, que se agravou com entrada em cena do contabilista gaspar. Puseram o país em pânico. Roubaram-nos uma boa parte da esperança. Insistem no caminho errado. Teimosa e arrogantemente. O copo encheu e ameaça entornar-se porque quem semeia ventos, colhe tempestades. E já começou a chover. O mota, o crato e o gaspar já foram vaiados, mas há os que fogem às tempestades anunciadas e andam a monte a gastar o nosso dinheiro, como se andassem numa patriótica missão. É o caso do portas (Moçambique, Brasil e Venezuela), do relvas (Timor e Brasil) e do álvaro (Macau). Há também a cristas que levou a cabo a importante missão de presidir em Tróia à eleição das melhores praias portuguesas. E há os que estão escondidos como acontece com a madame cruz e o alguidar-branco. Estão todos desorientados!
O nosso primeiro parece estar só, igualmente desorientado, cercado pela troika e pelos seus lacaios em Portugal. O papel que foi ler à televisão é um disparate completo. A mensagem deixada nessa modernidade que é o Facebook, é uma infantilidade. Ele navega sem rumo. Caíu-lhe em cima o carmo e a trindade. Ninguém perdoou a incompetência do cachopo. Nem o Marcelo, nem o Mira Amaral, nem o Bagão Félix, nem o Freitas do Amaral, nem o Alexandre Relvas. Ninguém o poupou. Nem a JSD. Até houve quem chamasse estúpido ao rapaz.
No meio desta unanimidade geral, com mais de trinta mil comentários no Facebook, eis que alguém se levanta em defesa do nosso primeiro. Foi o amorim, aquele incrível deputado lambe-botas! Ele que já tinha defendido o relvas. Ele que já era a imagem televisiva da sabujice. Ele que até usa bandeirinha na lapela do casaco. No seu famoso Manifesto Anti-Dantas, dizia Almada Negreiros que “o Dantas cheira mal da boca”. Se comentasse as atitudes do amorim, Almada diria certamente que metem nojo, que ele é um nojo!

Eles comem tudo e não deixam nada

A ganância e a insensibilidade dos nossos governantes continuam a afrontar quem trabalha. Parece que voltamos ao tempo da escravatura e que apenas servimos para alimentar os devaneios contabilísticos desta gente. Até há pouco tempo usavam a banca, mas como a coisa correu mal, arranjaram outra forma de assaltar os nossos bolsos. Os borges e os gaspares – verdadeiros agentes da troyka – aconselharam o nosso primeiro, que anunciou a decisão antes ir cantarolar com o Paulo de Carvalho. Enquanto a TSU aumenta de 11 para 18%, outros deixam de pagar 23,5% de TSU e passam a pagar apenas 18%. É uma transferência directa dos salários de quem trabalha para os lucros e dividendos dos accionistas. É um 25 de Abril ao contrário ou, como disse Silva Lopes, é um “Robin Wood ao contrário”. É um roubo e, naturalmente, quem rouba são os larápios. Uma vergonha. Uma falcatrua.
Porém, a medida anunciada revela muita ignorância de economia, uma matéria em que eles devem ter equivalências como o relvas, mas pouca sabedoria. Éstá nos livros e é evidente, que a perda de rendimento disponível das famílias vai fazer baixar o consumo interno, o que significa mais quebra do produto nacional e mais recessão. As pessoas irão menos vezes ao Pingo Doce e ao Continente. Estes farão menos compras aos fornecedores e estes produzirão menos. Haverá mais desemprego, o que significa mais pobreza, mais tensão social, mais insegurança e mais instabilidade. O Correio da Manhã calcula que os grandes tubarões ganharão 100 milhões de euros, neles se encontrando a SONAE, o BCP, a Jerónimo Martins, a EDP e a Mota-Engil. Não foi nada disto que eles prometeram, nem têm mandato para isto. Andam à deriva e vão de mal a pior!