segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

A segurança aérea e a ajuda da sorte

Foi anunciado pela Aviation Safety Network que o ano de 2017 foi o ano mais seguro para o transporte aéreo mundial desde que há estatísticas sobre acidentes aéreos, isto é, desde 1946. Trata-se de uma notícia muito positiva, sobretudo quando nos informam que no ano passado se realizaram 36,8 milhões de voos comerciais civis e que apenas aconteceram 10 acidentes em que morreram 44 pessoas.
É surpreendente e fantástica esta notícia!
Estes resultados mostram que os aviões comerciais são muito seguros, que são pilotados por profissionais qualificados e que a gestão e controlo da actividade aérea são muito eficientes a nível global. Dessa forma, os índices de confiança dos passageiros são reforçados e só se lamenta que, por razões de segurança, sejam tão cansativas as formalidades a que os passageiros são sujeitos nos aeroportos. Porém, nas justificações apontadas para estes extraordinários padrões de segurança, também é apontada a sorte e, de facto, o que aconteceu no passado sábado no aeroporto de Trabzon, na Turquia, confirma que a sorte também ajuda nestas coisas da segurança aérea.
Um avião Boeing 737-800 da Pegasus Airlines proveniente de Ancara tinha acabado de aterrar em Trabzon mas saiu da pista, entrou na ravina que a suporta e imobilizou-se a meio da encosta, a poucos metros do mar Negro. Basta olhar para a fotografia para concluir que o normal, segundo as leis da Física, era que o avião com cerca de 50 toneladas de peso, deslizasse até ao mar. Mas a sorte segurou-o a meio da ravina e todos os passageiros e tripulantes foram retirados em segurança. Foi mesmo um evidente caso de sorte. As imagens deste caso deram a volta ao mundo e muitos jornais publicaram-nas, exactamente como um caso de sorte. Assim aconteceu hoje na edição do diário londrino The Times.