Começou hoje em
Londres e decorre até ao próximo domingo, a quinta edição da Laver Cup 2022, um torneio de ténis
masculino em que se defrontam as equipas da Europa e do Resto do Mundo e em que
a equipa europeia procura conquistar o quinto título. Entre outros grandes ases
do ténis mundial que formam as duas equipas, destacam-se o espanhol Rafael Nadal,
o inglês Sir Andy Murray, o suíço Roger
Federer e o sérvio Novak Djokovic. Estes quatro tenistas são designados
habitualmente por The Big Four e, em
conjunto, conquistaram 66 títulos do Grande Slam, três medalhas olímpicas de
ouro e, segundo as minhas contas, ganharam 344 torneios ATP. Durante cerca de
vinte anos defrontaram-se entre si, alimentaram rivalidades, derrotaram a
concorrência e, sobretudo, ganharam muitos, mas mesmo muitos milhões. Agora em
Londres, os quatro ases estiveram na mesma equipa e esqueceram rivalidades. O
jornal The Times publicou hoje a fotografia dos The Big Four e essa fotografia é um exemplo extraordinário de
desportivismo de homens que, tantas vezes, discutiram nos courts os milhões que estavam em jogo.
Esta fotografia remete-nos
para a vergonha do radicalismo, da intolerância e do comportamento anti-social, que aconteceu no dia 10 de
Setembro em Famalicão e, uma semana, depois no Estoril. Em Famalicão, durante o
jogo Famalicão-SL Benfica, um grupo de energúmenos e ignorantes obrigou uma criança que estava na bancada a despir a camisola benfiquista que usava. No Estoril, durante o jogo Estoril-FC Porto, um outro
grupo de energúmenos insultou e expulsou um adepto portista e a filha que tinha
ao colo, apenas porque vestiam camisolas portistas. Ninguém apoiou esta
canalha, mas é necessário que as entidades responsáveis tomem medidas punitivas
para acabar com estes radicalismos, com esta agressividade e com esta intolerância que está a destruir o nosso desporto.