Por
vezes somos confrontados com pequenas coisas da vida política que só servem
para nos incomodar e para nos tornarem mais cépticos em relação à viabilidade
de um projecto colectivo gizado por um tal Afonso Henriques, que já leva quase
nove séculos e se chama Portugal. Então não é que, apesar da austeridade e da necessidade de forte contenção orçamental
imposta pelo governo em 2013 e 2014, um tal Branquinho ao ser nomeado secretário de Estado, optou por não abrir mão do seu subsídio de alojamento por não
ter residência em Lisboa? Não lhe bastava o salário e as despesas de
representação, mais as ajudas de custo e o subsídio de alimentação, as despesas
de telefone, a viatura com motorista e o cartão de crédito. Etc. A sua ânsia de
facturar levou-o a não prescindir destes 753 euros por mês! Esta pobreza de
espírito e esta ganância por dinheiro faz-me uma azia, que nem o Kompensan me
alivia. Mas quem é este Branquinho?
Branquinho foi um jota precoce e com 27 anos já era deputado, mas basta ver
o seu currículo oficial para concluir que nunca exerceu uma profissão e que é
um boy que tem vivido à custa do seu
partido e dos contribuintes, tendo-se tornado conhecido por alguns casos muito confusos
que envolvem muito dinheiro. Em 2002 era o único detentor da empresa de
publicidade NTM à qual foi adjudicada
uma campanha de comunicação
para um programa de formação profissional autárquico gerido pelo seu guru
Miguel Relvas, no valor de quase 450 mil euros, caso que está a ser investigado pelo
Ministério Público. Mais tarde
voltamos a ouvir falar dele quando foi contratado pela famosa Ongoing que, em dez meses, lhe pagou 200
mil euros pelos serviços prestados. Agora está no governo e requereu 753 euros por mês, a que tem
direito como subsídio de alojamento. Podia recusar o subsídio e o ridículo, mas não o fez. É assim este Branquinho que gosta de
dinheirinho, que é Agostinho mas que não passa de um coitadinho!