domingo, 28 de julho de 2013

Sob o signo de Amadeo, um século de arte

O Centro de Arte Moderna (CAM) é um dos mais antigos e prestigiados centros de arte moderna da Europa e está a comemorar os seus 30 anos de idade com uma extensa exposição de mais de 350 obras, de entre as cerca de 10 mil da sua colecção, que ocupam pela primeira vez a totalidade dos seus espaços expositivos. Até ao fim do ano, vai ser possível observar as obras-primas do modernismo português e algumas peças-chave da arte do século XX que habitualmente se encontram nas reservas da Fundação Calouste Gulbenkian.
A exposição intitula-se "Sob o Signo de Amadeo" - porque o ponto de partida é Amadeo de Souza-Cardoso e a sua obra – sendo mostradas cerca de 170 obras do autor, isto é, a totalidade do seu acervo, em que às suas pinturas se juntam diversos desenhos em papel e uma enorme colecção de brasões. Porém, a exposição não se limita à obra de Amadeo, mas percorre o que de melhor foi feito ao longo do último século na pintura portuguesa e, assim, encontramos obras de Almada Negreiros, Sarah Afonso, Vieira da Silva, Vespeira, Paula Rego, Júlio Pomar e muitos outros artistas modernos e contemporâneos. A exposição estarará patente ao longo de seis meses e poderá ser vista até ao dia 19 de Janeiro de 2014.
É uma oportunidade para revisitar a obra pioneira de Amadeo de Souza-Cardoso, o genial modernista que é a maior referência da arte portuguesa do século XX e que faleceu por doença em 1918, quando tinha apenas 30 anos de idade.

 

Uma voz para ouvir!

Termina hoje no Rio de Janeiro a viagem que o Papa Francisco fez ao Brasil a propósito da 28ª Jornada Mundial da Juventude, que é também a primeira viagem internacional do seu pontificado.
A visita tem tido repercussão mundial e tem constituído uma grande jornada de afirmação da Igreja Católica não só na América Latina, mas também pelo mundo. Nas suas intervenções, o Papa dirigiu-se especialmente aos jovens e apelou ao seu protagonismo na construção de um mundo melhor, tendo dado razão àqueles que “deixaram de ter confiança nas instituições políticas porque vêem muito egoísmo e corrupção”, numa alusão a todos os que no mundo estão insatisfeitos com os seus políticos e com as suas promessas mentirosas, mas também àqueles “que perderam a fé” ao verem os erros dos padres e dos crentes que não seguem a palavra do Evangelho. Uma das mensagens mais repetidas pelo Papa foi a denúncia da pobreza, enquanto violação dos Direitos Humanos, tendo afirmado que “a ninguém falte o necessário e que a todos seja garantida dignidade, fraternidade e solidariedade: este é o caminho a seguir.”
Ontem, o Papa esteve no Theatro Municipal do Rio de Janeiro para um encontro com as lideranças políticas, culturais e empresariais brasileiras e, no seu discurso, afirmou que “o futuro exige a reabilitação da política, uma visão humanista da economia, uma sociedade mais justa e uma política que consiga cada vez mais e melhor participação das pessoas, que evite o elitismo e erradique a pobreza”. Muitos jornais mundiais destacaram essas afirmações e o diário espanhol La Gaceta é apenas um deles. Bom seria que a voz de Jorge Mario Bergoglio, o argentino que se tornou no 226º Papa da Igreja Católica,  chegasse à Europa para sobressaltar os eurocratas e, também a Portugal, para acordar os herdeiros do passos-gasparismo. Imitem-no!