No próximo mês de Dezembro completam-se cinquenta anos sobre os acontecimentos que levaram à ocupação dos territórios de Goa, Damão e Diu pelas tropas da União Indiana.
Desde então, embora de forma não assumida, as autoridades indianas e, depois da constituição do Estado de Goa, as autoridades goesas, sempre procuraram a desportugalização do território e, na realidade, a língua e a cultura portuguesas têm perdido alguma importância na sociedade goesa. No entanto, há interesses de ordem diversa – identitários, culturais e emocionais – e, sobretudo, interesses turísticos, que persistem na preservação da herança cultural portuguesa.
Com cerca de dois milhões e meio de turistas que anualmente visitam Goa, a marca portuguesa tornou-se mais valiosa: cerca de 90% dos turistas são indianos que procuram a “Europa da Índia”, enquanto os restantes 10% são estrangeiros que procuram as praias e a “exótica simbiose luso-indiana”, que Goa oferece.
Por isso, o turismo apoia-se fortemente na herança cultural portuguesa. Um dos casos mais curiosos da preservação da memória portuguesa em Goa refere-se ao Hotel Cidade de Goa e ao seu Restaurante Alfama, onde regularmente há noites de fado, apresentadas por intérpretes goeses de grande talento. Assim vai acontecer, uma vez mais, no próximo dia 12 de Julho.
quarta-feira, 6 de julho de 2011
As noites de fado em Goa
TP 1844
No nosso tempo, um voo de pouco mais de duas horas nada tem de incomum e é um acto rotineiro das nossas vidas.
Porém, no caso do voo TP 1844 que liga a ilha do Faial a Lisboa, pode haver lugar a uma agradável surpresa, que só depende da meteorologia e da vontade do piloto.
Poucos minutos depois da largada do aeroporto, quando ainda está na sua fase ascensional, o avião passa ao largo da ilha do Pico e dos seus imponentes 2351 metros de altitude.
Umas vezes o avião passa mais próximo e outras vezes menos próximo da montanha que, frequentemente, não está visível porque se encontra envolvida por densas nuvens ou está mergulhada nas chuvas e nas neblinas que são características das ilhas açorianas.
Nessas condições meteorológicas de menor visibilidade, a montanha raramente se apresenta descoberta, iluminada e bem próxima de nós. Mas quando isso acontece e à vontade da meteorologia se junta a vontade do piloto, a montanha surpreende-nos com a sua agreste beleza vulcânica e parece convidar-nos a uma subida até ao topo numa outra oportunidade.
Porém, mais do que qualquer texto, é a fotografia que melhor evoca a agradável surpresa de voar com o Pico ali tão perto.
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