No nosso tempo, um voo de pouco mais de duas horas nada tem de incomum e é um acto rotineiro das nossas vidas.
Porém, no caso do voo TP 1844 que liga a ilha do Faial a Lisboa, pode haver lugar a uma agradável surpresa, que só depende da meteorologia e da vontade do piloto.
Poucos minutos depois da largada do aeroporto, quando ainda está na sua fase ascensional, o avião passa ao largo da ilha do Pico e dos seus imponentes 2351 metros de altitude.
Umas vezes o avião passa mais próximo e outras vezes menos próximo da montanha que, frequentemente, não está visível porque se encontra envolvida por densas nuvens ou está mergulhada nas chuvas e nas neblinas que são características das ilhas açorianas.
Nessas condições meteorológicas de menor visibilidade, a montanha raramente se apresenta descoberta, iluminada e bem próxima de nós. Mas quando isso acontece e à vontade da meteorologia se junta a vontade do piloto, a montanha surpreende-nos com a sua agreste beleza vulcânica e parece convidar-nos a uma subida até ao topo numa outra oportunidade.
Porém, mais do que qualquer texto, é a fotografia que melhor evoca a agradável surpresa de voar com o Pico ali tão perto.
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