segunda-feira, 28 de maio de 2018

CR7 ocupa a agenda mesmo sem golos

A equipa de futebol do Real Madrid ganhou a Liga dos Campeões da UEFA pela 13ª vez, o que é um feito desportivo notável e, dessa maneira, consolidou a sua liderança no futebol europeu, onde o Milan (com 7 vitórias) e o Barcelona, Bayern e Liverpool (com 5 vitórias), são os seus maiores rivais.
A festa madrilena foi grande, mas a sorte também foi muito grande porque na final disputada em Kiev, o guarda-redes Loris Karius que defendia a baliza do Liverpool teve uma exibição demasiado infeliz e “ofereceu” dois golos ao Real Madrid. Foram essas duas “ofertas” de Karius e os dois golos obtidos pelo galês Gareth Bale, um dos quais com elevada nota artística, que deveriam ter marcado aquela final. Aconteceu, porém, que Cristiano Ronaldo, o maior goleador da história da Liga dos Campeões da UEFA e que acabava de ganhar a prova pela 5ª vez, teve uma exibição vulgar e não marcou golo nenhum. Acontece a todos. Quando o jogo terminou, Cristiano até parecia ausente da festa e esteve apagado. Provavelmente não se sentiu no centro das atenções. Provavelmente amuou. Interpelado por um jornalista, tratou de dizer que “foi muito bonito jogar no Real Madrid”, o que foi interpretado como um pré-aviso de saída para outra equipa. Com aquela frase, espontânea ou premeditada, “marcou um golo” já depois do fim do jogo e inverteu os acontecimentos. Os jornais esqueceram os golos de Bale, as defesas de Navas, a lesão de Mohamed Salah, os frangos de Karius, o golo de Benzema e concentraram-se na declaração de Cristiano Ronaldo. Hoje, o diário desportivo Marca pede-lhe que fique, exactamente como fazem outros jornais espanhóis e o momento desportivo espanhol já não é a vitória do Real Madrid, mas apenas o futuro de Cristiano Ronaldo.
CR7 é um verdadeiro mestre em agenda-setting!