Alguns
jornais franceses, tal como por cá fez o Diário de Notícias, destacam hoje
nas suas primeiras páginas o notável feito de Thomas Coville, o navegador
francês natural de Rennes de 48 anos de idade que, no comando do catamarã Sodebo Ultim de 31 metros , concluiu ontem
a volta ao mundo em solitário no tempo de 49 dias, 3 horas, 7 minutos e 38
segundos. Trata-se de um novo recorde da volta ao mundo em solitário, sem escala e em catamarã, que
bate por oito dias e 10 horas a anterior marca estabelecida em 2008 por Francis
Joyon.
É um
notável feito náutico de Thomas Coville que, no seu historial vélico, conta com
sete voltas ao mundo, nove passagens no Cabo Horn e uma vitória na Volvo Ocean
Race 2011-2012. Colville partiu de Brest no dia 6 de Novembro e cruzou ontem a
linha de chegada virtual instalada em Ouessant, na Bretanha.
Costuma
dizer-se que não há nada mais violento nem mais perigoso do que a navegação
solitária, em que um pequeno erro de manobra pode significar a morte. Nesta sua
aventura, Thomas Coville enfrentou algumas dificuldades, incluindo uma quase
colisão com um cetáceo mas, sobretudo, quando já navegava no Atlântico norte e estava a poucos
dias da chegada, encontrou fortes temporais com ventos de 45 nós e ondas alterosas.
Os velejadores da Bretanha são realmente fantásticos e, aparentemente, no mundo
da vela ninguém os suplanta. Como, de resto, se tem visto na Vendée Globe que
está actualmente a decorrer.