quarta-feira, 14 de maio de 2025

A turbulência política chegou à Sérvia

A República da Sérvia é um país situado na península dos Balcãs e que integrou a antiga República Socialista Federativa da Jugoslávia, tendo influências culturais dos impérios, romano, bizantino e otomano. 
O seu território tem uma superfície equivalente a Portugal com cerca de sete milhões de habitantes e faz fronteira com oito países - a Albânia, o Montenegro, a Bósnia-Herzegovina, a Bulgária, a Croácia, a Hungria, a Macedónia do Norte e a Roménia. Quatro destes países são membros da União Europeia e a República da Sérvia apresentou a sua candidatura oficial à adesão em 2009.
O jornal catalão El Punt Avui dedicou a sua última edição à situação por que passa a Sérvia, onde acontecem protestos antigovernamentais liderados por estudantes e cresce a onda de indignação e a contestação ao autoritarismo do presidente Aleksandar Vučić e à “corrupção endémica das elites”. 
Há uma explosão de raiva no país e a onda de protesto parece estar em linha com a tendência mais ampla que se verifica nos Balcãs de rejeição do autoritarismo. Surpreendentemente, a União Europeia mantém-se em silêncio perante a situação e não tem condenado a repressão das autoridades sobre os manifestantes que, segundo refere o jornal, saem à rua sem exibir bandeiras da União Europeia.
É caso para dizer que, também na Sérvia, há fortes sinais de instabilidade.

Tensão continua na fronteira da Caxemira

A Índia e o Paquistão, um de maioria hindu e outro de maioria muçulmana, sustentam uma rivalidade histórica e, nos últimos dias, estiveram envolvidos em confrontações fronteiriças que envolveram mísseis, drones e ataques aéreos. Com a mediação americana, a diplomacia funcionou e aqueles dois países que dispõem de armas nucleares acordaram num cessar-fogo, o que muito aliviou o mundo, embora a tensão continue muito elevada. 

Tanto o regime de Nova Delhi, como o regime de Islamabad, cultivam um nacionalismo religioso muito exacerbado e sobre o acordo de cessação das hostilidades, trataram de fazer declarações destinadas a satisfazer as suas populações. Assim, o primeiro-ministro paquistanês Shehbaz Sharif, disse que o Paquistão tinha dado uma lição à Índia, mas o primeiro-ministro indiano Narendra Modi veio declarar exactamente a mesma coisa, isto é, que tinha dado uma lição aos paquistaneses. Apesar do cessar-fogo estar a ser cumprido, há notícias – verdadeiras ou não – de se terem verificado violações do que foi acordado. Narendra Modi parece não confiar no cessar-fogo, visitou algumas bases militares e dirigiu-se ao país pela televisão, afirmando que “a Índia apenas suspendeu a sua acção militar”, ou “it’s a pause”, como escreveu em título The New Indian ExpressEstas escaramuças parecem ter sido as mais graves desde 1999, mas apesar do cessar-fogo, as tensões continuam muito elevadas e as declarações de Modi não são no sentido da moderação...