Há uma grande
azáfama militar na fronteira entre a Rússia e a Ucrânia, havendo uns a dizer
que se trata de um barril de pólvora e outros a opinar que a guerra está
iminente. Há inúmeras teorias sobre quem provoca quem, mas o facto é que os
russos têm mais de cem mil soldados prontos a invadir a Ucrânia, enquanto a
NATO se afirma ao lado da Ucrânia e a vem armando com material letal e mísseis de curto alcance entregues pelos Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, França, Turquia, Lituânia e Letónia, entre outros.
Dizia um comentador
que os Estados Unidos precisam sempre de uma guerra para poderem alimentar a
sua poderosa indústria do armamento. Porém, a opinião pública americana parece
já não aceitar que os seus soldados se percam em guerras desprovidas de sentido
e, por isso, inventaram um novo modelo de intervenção militar que dá pelo nome
de "coligação", em que lhes cabe fornecer o material bélico e assegurar a
superioridade aérea. Significa que preparam os conflitos e depois deixam que
outros se enterrem com eles, como sucedeu no Iraque e no Afeganistão, mas não
na Síria.
A Espanha decidiu
ser solidária com a NATO e vai entrar nesta "coligação", segundo revelam vários
jornais espanhóis. Segundo o jornal el Correo Gallego a fragata Blas de Lezo vai incorporar a força
naval da NATO no mar Negro e “zarpa de Ferrol hacia el polvorín ucraniano”, mas
esta decisão já deu origem a críticas ao governo espanhol por participar na
escalada militarista em curso. Porém, a ajuda espanhola não se fica por aqui,
porque segundo revela o jornal El País,
a “España enviará en febrero cuatro cazas a Bulgaria com la OTAN”.
Melhor seria que
a Espanha, bem como todos os países da Europa, tomassem uma posição negocial séria
e consequente para evitar a guerra, em vez de agitarem o ambiente de rivalidade estratégica russo-americana, o que objectivamente fazem com este apoio de uma fragata e
quatro caças espanhóis, que nem sequer vão incomodar Vladimir Putin.