No passado fim-de-semana de 26 e 27 de Maio os dezanove Bancos Alimentares Contra a Fome portugueses angariaram 2644 toneladas de alimentos numa campanha realizada em 1655 superfícies comerciais de todo o País, na qual participaram cerca de 37 mil voluntários. Quer as quantidades recolhidas quer o número de voluntários constituíram recordes absolutos. As quantidades recolhidas excederam em 13,7% as recolhas que se verificaram em Maio de 2011, o que é verdadeiramente surpreendente na actual situação económica das famílias e revela fortes sinais de solidariedade da sociedade portuguesa. O elevado número de voluntários mostra a generosidade dos portugueses e também confirma que esta iniciativa de voluntariado não tem, ao nível da dimensão, qualquer paralelo no nosso país. Como afirmou Isabel Jonet, a Presidente da Federação dos Bancos Alimentares Contra a Fome,
“quando os projectos são claros e mobilizadores, na medida das suas possibilidades, os portugueses querem e podem contribuir de uma forma construtiva, coesa, cívica e solidária para a resolução dos problemas”. Exactamente, digo eu! O primeiro Banco Alimentar contra a Fome foi criado em 1991 e em 2011, os dezanove Bancos Alimentares Contra a Fome existentes distribuíram um total de 30.252 toneladas de alimentos (equivalentes a um valor global estimado superior a 42 milhões de euros), ou seja, um movimento médio de 121 toneladas por dia útil. Os portugueses são realmente campeões da solidariedade e da generosidade e é caso para perguntar se a classe política que nos dirige merece um povo como este.