domingo, 8 de outubro de 2023

E de repente, aí está mais uma guerra

O mundo foi surpreendido ontem com um poderoso ataque do Hamas contra o estado de Israel, lançado a partir da Faixa de Gaza, em que foram dirigidos milhares de rockets sobre o território israelita, ao mesmo tempo que um número indefinido dos seus militantes se infiltrava em território israelita, matando e sequestrando militares e civis. Israel foi apanhado de surpresa mas já reagiu, tendo o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu avisado a população de que o país está em guerra, como se pode ler hoje na manchete do jornal Corriere della Sera.
A Faixa de Gaza é um pequeno território na orla mediterrânica com 365 km2 de superfície, cujo maior comprimento são 41 km, que é governado desde 2007 pelo Hamas que venceu as eleições legislativas de 2006.
O Hamas é um grupo fundamentalista islâmico de origem palestiniana que foi fundado em 1987, cujo lema é “Alá é o nosso princípio, o Profeta o nosso modelo, o Corão a nossa Constituição e a jhiad o nosso caminho”, pelo que os seus objectivos de luta são a autodeterminação da Palestina, a recuperação dos territórios palestinianos ocupados e, naturalmente, a destruição do estado de Israel.
A violência do ataque do Hamas surpreendeu o mundo, mas todos esperam uma resposta proporcional de Israel, a quem os Estados Unidos ofereceram imediato apoio.
Numa altura em que tantos discutem uma saída para a guerra na Ucrânia que tanta tragédia está a causar, a iniciativa do Hamas veio “lançar gasolina sobre a fogueira” da instabilidade mundial. A Humanidade passa por tempos difíceis e, perante estas graves situações de conflito, a generalidade dos países prefere anunciar os seus alinhamentos, em vez de apelar à sua resolução pacífica e negociada. Aqui, temos a particularidade de ser o Supremo Magistrado da Nação a querer aparecer, a ir a todas e a atropelar o governo, que é a entidade responsável pela condução da nossa política externa. Ele sabe disso, mas não resiste e insiste…