O mundo foi
surpreendido ontem com um poderoso ataque do Hamas contra o estado de Israel,
lançado a partir da Faixa de Gaza, em que foram dirigidos milhares de rockets sobre o território israelita, ao
mesmo tempo que um número indefinido dos seus militantes se infiltrava em
território israelita, matando e sequestrando militares e civis. Israel foi
apanhado de surpresa mas já reagiu, tendo o primeiro-ministro Benjamin
Netanyahu avisado a população de que o país está em guerra, como se pode ler
hoje na manchete do jornal Corriere della Sera.
A Faixa de Gaza é
um pequeno território na orla mediterrânica com 365 km2 de superfície,
cujo maior comprimento são 41 km, que é governado desde 2007 pelo Hamas que
venceu as eleições legislativas de 2006.
O Hamas é um
grupo fundamentalista islâmico de origem palestiniana que foi fundado em 1987,
cujo lema é “Alá é o nosso princípio, o Profeta o nosso modelo, o Corão a nossa
Constituição e a jhiad o nosso
caminho”, pelo que os seus objectivos de luta são a autodeterminação da Palestina,
a recuperação dos territórios palestinianos ocupados e,
naturalmente, a destruição do estado de Israel.
A violência do
ataque do Hamas surpreendeu o mundo, mas todos esperam uma resposta proporcional de
Israel, a quem os Estados Unidos ofereceram imediato apoio.
Numa altura em
que tantos discutem uma saída para a guerra na Ucrânia que tanta tragédia está
a causar, a iniciativa do Hamas veio “lançar gasolina sobre a fogueira” da
instabilidade mundial. A Humanidade passa por tempos difíceis e, perante estas graves
situações de conflito, a generalidade dos países prefere anunciar os seus
alinhamentos, em vez de apelar à sua resolução pacífica e negociada. Aqui,
temos a particularidade de ser o Supremo Magistrado da Nação a querer aparecer, a ir a todas e a
atropelar o governo, que é a entidade responsável pela condução da nossa
política externa. Ele sabe disso, mas não resiste e insiste…