A República
Popular da China comemora hoje o 90º aniversário das suas PLA (Chinese People’s
Liberation Army) e, no passado domingo, festejou o acontecimento com uma
invulgar demonstração de força em Zhurihe, na região autónoma da Mongólia. Pela
primeira vez, essa exibição de força não aconteceu em Pequim na famosa praça de
Tiananmen, que é um símbolo do poder e do centralismo chinês, tendo o diário China
Daily destacado na sua primeira página que a parada demonstrou a
evolução e modernização das PLA. As fotografias que foram divulgadas mostram o
Presidente Xi Jinping, enquanto secretário-geral do Partido Comunista Chinês e
comandante-chefe das Forças Armadas, uniformizado de fato camuflado a passar
revista às tropas.
As PLA são a
maior força militar do mundo com cerca de 2.285.000 efectivos e têm um
orçamento superior a 150 mil milhões de dólares, que em termos nominais só é
superado pelos Estados Unidos, correspondendo a cerca de 1.3% do PIB chinês.
Nos últimos decénios
as PLA têm-se modernizado muito rapidamente e desenvolvido a sua indústria
militar, o que é visível nas capacidades navais e aéreas que demonstra.
Embora este tipo
de demonstrações militares seja uma prática corrente nos países que se reclamam
do comunismo, o facto é que nesta altura bem nos podemos interrogar se esta
exibição é para impressionar a Coreia do Norte ou os Estados Unidos. É natural
que seja para impressionar o Donald, para que pense duas vezes antes de se
meter em aventuras.