Ontem, os
portugueses viveram uma enorme alegria com a vitória da sua selecção de futebol
na Fase Final da Liga das Nações da UEFA de 2024-25, em que começou por derrotar a
Alemanha nas meias-finais e encontrou depois na final a poderosa selecção
espanhola, que se afirma ser uma das mais fortes do mundo. Foi um jogo muito
equilibrado, muito sofrido, mas cheio de brilhantismo, que se traduziu num
empate por 2-2 ao fim do tempo regulamentar, seguido de um prolongamento de 30
minutos sem golos e do confronto final com pontapés de grande penalidade Os
portugueses não costumam ser felizes neste tipo de decisões e a ansiedade era
grande. Estavam convertidos sete penaltis quando Diogo Costa defendeu o remate
marcado pelo avançado espanhol Álvaro Morata, a que se seguiu um remate
vitorioso de Rúben Neves. Foi o delírio e a taça da Liga das Nações regressou a
Portugal, como mostra a reportagem na edição de hoje do jornal A
Bola, em cuja capa se vê Cristiano Ronaldo que, com 40 anos de idade,
capitaneou a equipa e até marcou um golo.
Portugal vencera
a primeira Liga das Nações (2018-19) quando bateu os Países Baixos. Sucedeu-lhe
a França que em 2020-21 venceu a Espanha e, de seguida, a mesma Espanha que
em 2022-23 derrotou a Croácia.
Estiveram em
prova 54 selecções europeias e a equipa portuguesa ultrapassou a Croácia, a Escócia, a
Polónia e a Dinamarca, antes da Alemanha e da Espanha. Foi um feito desportivo
notável e os portugueses deliraram com esta vitória.
A televisão
mostrou o talento dos jogadores e o entusiasmo dos público, mas também mostrou
que muita gente - gente demais embora possivelmente muito importante - esteve
em Munique à conta do Orçamento do Estado, isto é, à custa dos contribuintes
portugueses.
É uma nota bem
triste e bem provinciana num dia de grande orgulho nacional.