A Ponte Romana de
Alcântara que atravessa o rio Tejo na província de Cáceres, próximo da
fronteira portuguesa, foi construída no ano 106 por ordem do imperador Trajano
e com traço do arquitecto Caio Júlio Lacer. Durante dois mil anos, esta ponte
que tem 194 metros de comprimento e cujo tabuleiro assenta sobre seis arcos
assimétricos apoiados em cinco pilares com diferentes alturas sobre o terreno,
serviu as populações fronteiriças. Porém, com a intensificação do tráfego rodoviário
que se tem verificado nos últimos anos, surgiu a necessidade de construir uma
alternativa que aliviasse a pressão e o desgate da milenária ponte romana de
Alcântara e que permitisse melhorar a sua conservação. Assim surgiu o viaducto del Embalse de Alcántara, uma
ponte em arco com cerca de 270 metros de comprimento que, para além de evitar o
desgaste da ponte romana, também vai permitir a circulação da linha ferroviária
de alta velocidade Madrid-Extremadura, que atravessa a albufeira de Alcântara e
o curso do rio Tejo.
O jornal el
Periódico de Extremadura que se publica em Cáceres, fez uma
desenvolvida reportagem da inauguração desta infraestrutura que aconteceu
recentemente, tendo a presidente do governo autónomo da Extremadura afirmado
que estão em curso os trâmites para solicitar à UNESCO a classificação da ponte
romana de Alcântara como Património Cultural da Humanidade, para juntar aos 44
sítios já classificados em Espanha.