domingo, 11 de fevereiro de 2024

Carnaval: a fantasia, o excesso e a euforia

O Carnaval aí está e as televisões enchem-nos com as imagens dos festejos e dos desfiles, da euforia e do excesso, do deslumbramento e da extravagância.
O Carnaval é, sobretudo, um festival típico do cristianismo ocidental que ocorre 47 dias antes da Páscoa, com características diferenciadas em cada região, mas que representa sempre um desvio do quotidiano social e da realidade, com as pessoas a usarem máscaras e trajes de fantasia para se apresentarem com uma identidade diferente e entrarem no reino da utopia, “pra tudo se acabar na quarta-feira”, como escreveram Chico Buarque e Edu Lobo. As festas e os desfiles do moderno Carnaval tornaram-se um acontecimento turístico e embora não tenham perdido as suas características de festa popular, são o ex-libris de cidades tão diferentes como o Rio de Janeiro, Barranquilla e Santa Cruz de Tenerife, ou Veneza e Nice, ou ainda Nova Orleans e Toronto. Porém, o Carnaval do Rio de Janeiro é reconhecido pelo Guiness World Records como o maior do mundo, no qual participam diariamente cerca de dois milhões de pessoas. Na sua escala, o Carnaval também se festeja em Portugal um pouco por todo o país, tendo-se tornado um cartaz turístico em muitas localidades como Ovar e Torres Vedras, Sesimbra e Loulé, Nazaré e Mealhada, entre outras.
Apesar de não ser apreciador do Carnaval nem dos seus excessos, gosto sempre de destacar o Carnaval da ilha Terceira, com os seus bailinhos, que são uma expressão única e excepcional da cultura popular açoriana. Numa outra perspectiva, também se destaca a exuberância do Carnaval nas ilhas Canárias, onde o jornal La Provincia, um diário de Las Palmas, na sua edição de ontem destacava a jovem Katia Gutiérrez, uma carnavalera de 26 anos de idade, que foi eleita como a Reina del Carnaval de Las Palmas de Gran Canaria, mas que também foi “corazonada la Reina de los Carnavales del Mundo”. 
Pois que os carnavaleros de todo o mundo se divirtam!