O Carnaval aí está e as televisões enchem-nos com as imagens dos festejos e dos desfiles, da
euforia e do excesso, do deslumbramento e da extravagância.
O Carnaval é,
sobretudo, um festival típico do cristianismo ocidental que ocorre 47 dias
antes da Páscoa, com características diferenciadas em cada região, mas que
representa sempre um desvio do quotidiano social e da realidade, com as pessoas
a usarem máscaras e trajes de fantasia para se apresentarem com uma identidade
diferente e entrarem no reino da utopia, “pra tudo se acabar na quarta-feira”, como
escreveram Chico Buarque e Edu Lobo. As festas e os desfiles do moderno Carnaval
tornaram-se um acontecimento turístico e embora não tenham perdido as suas características
de festa popular, são o ex-libris de cidades tão diferentes como o Rio de
Janeiro, Barranquilla e Santa Cruz de Tenerife, ou Veneza e Nice, ou ainda Nova
Orleans e Toronto. Porém, o Carnaval do Rio de Janeiro é reconhecido pelo Guiness World Records como o maior do
mundo, no qual participam diariamente cerca de dois milhões de pessoas. Na sua
escala, o Carnaval também se festeja em Portugal um pouco por todo o país,
tendo-se tornado um cartaz turístico em muitas localidades como Ovar e Torres
Vedras, Sesimbra e Loulé, Nazaré e Mealhada, entre outras.
Apesar de não ser
apreciador do Carnaval nem dos seus excessos, gosto sempre de destacar o
Carnaval da ilha Terceira, com os seus bailinhos,
que são uma expressão única e excepcional da cultura popular açoriana. Numa
outra perspectiva, também se destaca a exuberância do Carnaval nas ilhas
Canárias, onde o jornal La Provincia, um diário de Las
Palmas, na sua edição de ontem destacava a jovem Katia Gutiérrez, uma carnavalera de 26 anos de idade, que foi
eleita como a Reina del Carnaval de Las
Palmas de Gran Canaria, mas que também foi “corazonada la Reina de los
Carnavales del Mundo”.
Pois que os carnavaleros de todo o mundo se divirtam!
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