Completam-se 38 anos sobre o histórico e libertador dia 25 de Abril de 1974, quando foi derrubado o regime ditatorial que governava Portugal há 48 anos e foi instituído um regime democrático, que trouxe uma renovada esperança à sociedade portuguesa.
Foi o início de uma mudança civilizacional que permitiu o fim de uma longa e dolorosa guerra, que reconheceu o direito dos povos à independência, que abriu as portas às autonomias regionais e que permitiu que o país fosse integrado no espaço económico europeu.
As transformações então iniciadas deram origem a um país mais progressivo e mais solidário, em que se destacaram grandes avanços sociais, em particular na educação e na saúde, mas também um dinâmico progresso económico e cultural, de que resultou a melhoria da qualidade de vida dos portugueses e a recuperação do prestígio internacional do país.
Porém, os ciclos políticos e económicos internos, assim como a evolução da conjuntura internacional, têm afectado a evolução do nosso país e potenciado o aparecimento de dificuldades e crises, daí resultando que se instale o desânimo, a descrença e a perda da confiança. Todos nós, governantes e governados, temos responsabilidades nesta situação, mas há alguns figurões que são muito mais responsáveis do que outros.
No entanto, o 25 de Abril continua a ser um marco ímpar nas memórias de uma geração, um símbolo da liberdade e uma ideia inspiradora de uma verdadeira justiça social, um denominador comum de fraternidade e solidariedade, um capital de esperança num futuro melhor e uma verdadeira festa popular.
Viva o 25 de Abril!